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12 de abril de 2023 0
Nos últimos anos, a Capcom tem feito coletâneas com versões remasterizadas dos seus clássicos da franquia Mega Man. O mais recente que chega aos consoles e aos PCs é o mega Man Battle Network Legacy Collection.
O novo produto da desenvolvedora traz os 10 jogos da série, lançada originalmente para Game Boy Advance, com melhorias gráficas e algumas novidades, divididos em dois volumes. O TudoCelular teve acesso antecipado e conta os detalhes nesta análise completa.
O contexto do game se passa no ano 200X. O mundo do game vive um crescimento considerável da tecnologia e da internet. Essa ascensão levou à criação da Network Society, uma rede onde são rodados os programas chamados NetNavis.
Para acessá-los, as pessoas carregam os equipamentos portáteis chamados PETs. Com eles, dá para conseguir uma série de benefícios por meio da rede. Contudo, essa ascensão trouxe como resultado a presença de cibercrimes.
Assim, com a necessidade de combater os vírus que aparecem, o protagonista, Lan Hikari, e seu NetNavi, MegaMan.EXE, vão trabalhar juntos para resolver todos os incidentes que aparecerem.
O game não possui localização em português (PT-BR) neste momento de lançamento. Apenas há neste primeiro momento o idioma em inglês e outras opções orientais. Neste ponto, é um retrocesso em relação ao original, visto que havia menus e legendas em português nos títulos originais.
A coletânea não traz grandes mudanças à experiência já conhecida do game. Por ser uma compilação dos games originais, apenas menus e animações são novos, para dar uma cara repaginada na seleção de jogos.
O volume 1 contém os quatro primeiros – Battle Network, BN 2, BN 3 Blue e BN 3 White. Já o volume 2 fornece os outros seis títulos – Battle Network 4 Red Sun, BN 4 Blue Moon, BN 5 Team ProtoMan, BN 5 Team Colonel, BN 6 Cybeast Gregar e BN 6 Cybeast Falzar.
A mecânica permanece a mesma. Você deve alternar o controle do personagem entre o mundo real e o digital. Com o Mega Man dentro da rede, você passa pelos caminhos e derrota os monstros.
A batalha ocorre em uma área de 3 x 3 para cada lado. O jogador pode escolher, em cada turno, uma quantidade de cartas da mesma classe que variam entre atacar a distância com um Buster mais forte, ou usar a espada para derrotar os oponentes mais próximos, além de outras de suporte, tanto para recuperar vida quanto para “roubar” parte da área do rival.
Caso você queira priorizar a história e simplificar as batalhas, a Capcom inseriu um novo modo chamado Buster Max Mode. Com ele, o tiro comum passa a tirar 100 de vida dos monstros, e não mais 1. Assim, os combates são finalizados com maior rapidez. Como este que vos tecla prefere os momentos de batalha, a opção mais utilizada aqui foi a padrão.
Para a coletânea, foi adicionada a coleção de 499 “Patch Cards”, até então restritos apenas ao mercado japonês. Isso também dá uma maior variedade nas lutas para o jogador. Elas são desbloqueáveis por meio do menu.
No geral, a principal mudança na experiência está em poder jogar com o joystick compatível com a plataforma em que você adquiriu o jogo. Como testamos no PC, usamos um controle de Xbox Series para os experimentos e curtimos a experiência. Deixa a jogatina mais confortável que o original no Game Boy Advance, além de os comandos não serem difíceis de se acostumar.
Sentimos falta apenas de um avanço para um modo multiplayer online. Combinaria com a proposta da história, ao mesmo tempo que permitiria interação entre jogadores, algo novo na franquia.
Como tratamos de um game remasterizado – é importante ressaltar que não consiste em um remake –, a parte gráfica tem uma grande importância por aqui. As texturas foram aprimoradas para as plataformas em que chegou, porém, sem uma adaptação para a resolução widescreen dos consoles e PCs.
Isso significa que, assim como as outras coletâneas da franquia, haverá bordas com ilustrações, enquanto o game roda em uma tela mais “quadradona”. A parte visual nova está presente nos menus e nas animações, além de uma galeria de arte com mais de mil ilustrações.
Mesmo assim, vimos que o trabalho de remasterização foi bem feito. Não houve perda da essência da série de jogos, mas o estilo visual está construído com alta qualidade, sem que haja erros perceptíveis.
Por outro lado, um ponto precisa ser ressaltado: ele não é um game exigente. Todos os títulos da coletânea podem ser rodados mesmo em uma máquina pouco potente. Rodamos em uma máquina com 8 GB de RAM, processador Intel Core i7-1165G7 e GPU integrada Intel Iris Xe, sem que houvesse qualquer engasgo ou travamento.
Já na trilha sonora, notamos novidades. A desenvolvedora colocou 188 músicas originais no game, com pegada contemporânea e que permitem dar a experiência de um jogo recente, e não antigo.
Mega Man Battle Network Legacy Collection mantém a linha das outras coleções da franquia da Capcom. Ou seja, mantém a experiência original, com atualizações pontuais nos gráficos e um ou outro recurso que não altera de maneira profunda a jogabilidade – não foi colocado qualquer modo online, por exemplo.
O destaque desta coletânea específica está ao levar uma experiência lançada para Game Boy Advance aos consoles recentes, mesmo que não haja neles otimizações para a última geração. Dar acesso a itens restritos ao mercado japonês é outro diferencial inacessível anteriormente. Sem contar as músicas originais e a nova galeria de arte.
Na prática, o que vimos foi satisfatório e mostra um acerto da Capcom ao reviver uma franquia de sucesso com atualizações para o mundo contemporâneo dos games. Faltou inserir a localização em português, algo que poderá ser feito futuramente em uma eventual atualização.
A história original foi mantida, o que é um ponto positivo, porém não há mais localização em português.
Jogabilidade segue a mesma da original, com um novo modo que prioriza a história e mais itens antes restritos ao mercado japonês. Caberia um multiplayer online.
Gráficos ficaram bons sem exagero, o que permite rodar em máquinas pouco potentes. Mas não foi inserida uma visualização em widescreen.
Trilha sonora agora está em alta definição e conta com músicas originais.
Os games te permitem ficar por horas jogando, além de ter conteúdo para aproveitar por bastante tempo, visto que a coletânea contempla 10 jogos.
O saldo é positivo e mostra como uma franquia clássica de sucesso ainda pode ser revisitada nas plataformas mais recentes, com a devida adaptação.
O jogo está programado para ser lançado no dia 14 de abril de 2023, para as plataformas PlayStation 4, Nintendo Switch e PC. Nos consoles, ele será vendido por R$ 259; enquanto nos computadores, pela plataforma Steam, o preço sugerido é de R$ 199,90. Em todos os casos, a comercialização já vem com os dois volumes.
As coletâneas da franquia Mega Man são obrigatórias para os fãs dos jogos clássicos. Neste caso, ainda há o diferencial de curtir games originalmente de um console portátil, agora em telas maiores e com qualidade gráfica compatível com elas.
E aí, qual é a sua avaliação sobre o Mega Man Battle Network Legacy Collection? Conte para a gente no espaço destinado a comentários.
*Agradecemos a assessoria da Capcom por ceder uma cópia de cada volume ao TudoCelular para esta análise!
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