O jogo Gun Jam foi lançado no último dia 19 de abril como um novo FPS de ação rítmica, para quem curte jogos de tiro e musicais ao mesmo tempo. Ele foi desenvolvido pela Jaw Drop Games e publicado pela pela Raw Fury.

O que será que este novo game é capaz de entregar ao jogador? A experiência cumpre o prometido? O TudoCelular testou o título nos últimos dias e conta os detalhes nesta análise completa.

Este jogo disponibiliza duas opções de modos de jogo aos players. Um deles consiste no “Arena”, o qual tem como objetivo alcançar o maior número de pontos até a música acabar. Eles são obtidos ao destruir os oponentes. Aqui há quatro opções distintas de mapas.

O segundo se trata do “Checkpoint”, com o foco em derrotar um número determinado de inimigos até o tempo acabar. Da mesma forma que o primeiro, este também fornece o ritmo da música de fundo para as ações.

Gun Jam peca pela ausência de um modo multiplayer. O estilo do game se encaixaria com perfeição em uma modalidade que possa ser jogada com várias pessoas, tanto online quanto a nível local.

Outra ausência sentida é a localização em português. Toda a interface, os menus, as legendas e a dublagem apenas possuem a opção em inglês. Isso é algo que pode ser corrigido com uma atualização futura, mas não deixa de fazer falta neste momento inicial.

Temos uma mecânica que pode ser descrita como uma fusão em dois outros games famosos: DOOM e Hi-Fi Rush. Ao mesmo tempo que você terá um FPS frenético, que não sempre vai demandar a sua atenção para acertar os oponentes, você deve manter seus comandos dentro do ritmo da música.

O sistema de combate consiste em escolher uma música – a qual pode ser original do jogo ou personalizada. A depender da canção, será especificada uma velocidade de batidas por minuto (BPM). Caso seja rápida, você precisará ter uma habilidade superior para atirar e dar os demais golpes. Com um ritmo mais lento, os movimentos também serão devagar.

Ao todo, são três personagens distintos, que variam conforme o cenário. Eles possuem habilidades exclusivas de “Overdrive”. A escolha do mapa também é importante pela dificuldade da partida. Isso porque, além de um personagem único, eles também variam em relação à vida máxima e à velocidade da música.

Neste jogo, apesar de haver múltiplas armas, você não vai se preocupar em alterná-las. Cada tipo de batida faz com que o personagem modifique automaticamente o armamento. Em outras palavras, a prioridade é o ritmo. Em segundo, vem o tiro.

No geral, podemos dizer que esta mecânica vai agradar quem curte games FPS mais acelerados, mas talvez crie uma certa dificuldade em quem está acostumado em títulos que priorizam estratégia e furtividade, por exemplo. Não é uma tarefa simples seguir as batidas, mirar nos inimigos e se deslocar pelo mapa para se defender.

Também sentimos uma falta de variedade não somente na quantidade de cenários, como na jogabilidade em si. Depois de um tempo, a experiência se torna mais repetitiva do que divertida.

A parte visual agrada no geral. Os gráficos não têm compromisso com realismo. Eles adotam um estilo mais de animação, com um visual cheio de cores e brilho. Tudo para dar uma experiência bastante satisfatória.

Mas não pense que a falta de uma aparência realista permite que você tenha uma máquina pouco potente para rodar o título. A necessidade de atirar no tempo correto demanda que você tenha pelo menos uma taxa fps satisfatória, pois qualquer engasgo pode te fazer perder o timing do comando.

Já a trilha sonora é o grande destaque do game. Isso porque as músicas possuem papel fundamental para Gun Jam. Em qualquer cenário, o som está sempre bem destacado e exige atenção máxima do jogador para acertar as batidas.

A possibilidade de utilizar personalização aqui também dá uma identificação maior com o jogador. Mas entendemos que mais opções seriam bem-vindas para ampliar as possibilidades aqui.

Gun Jam é um jogo com uma boa proposta, que combina diferentes estilos para entregar um formato inédito. O que deixa em cheque o seu sucesso está nas ausências que notamos – o que faz parecer ser este um game inacabado.

São dois modos de jogo que divertem, porém possuem limitações de cenários, personagens e músicas. Faltou ainda um modo multiplayer para expandir os horizontes do game, bem como a localização em português (PT-BR).

Ao menos, a parte gráfica não decepciona e entrega texturas de alta qualidade e cheias de cores, para uma experiência visual satisfatória. A trilha sonora também é um dos grandes destaques positivos, não pela variedade de músicas – que ainda é carente –, mas sim pela importância que elas têm no game, bem como o aproveitamento das músicas na jogatina.

Vale a pena?

Este jogo pode ser encontrado apenas para PC, por meio da plataforma Steam, pelo preço sugerido de R$ 59,99. Entendemos ser um preço justo para pagar nele, porém é preciso ter em mente que a repetitividade do game pode não trazer uma longevidade suficiente para jogá-lo por muito tempo.

E aí, você curtiu o novo game que mistura tiro em primeira pessoa e ação rítmica? Deixe sua opinião nos comentários abaixo.

*Agradecemos à Agência Masamune por ceder uma cópia ao TudoCelular para esta análise!