Não é de hoje que jogadores acusam estúdios da Activision de utilizarem inteligência artificial generativa para criarem conteúdo cosmético para Call of Duty. Por exemplo, uma carta festiva que trazia um Papai Noel zumbi que possuía mais dedos na mão do que o normal.

Agora, graças a uma nova política do Steam em que os desenvolvedores são obrigados a esclarecerem se IA generativa foi utilizada na produção do jogo, a Activision admitiu que utilizou a tecnologia em Call of Duty.

Com a mudança nas políticas do Steam, desenvolvedores precisam esclarecer o uso de IA generativa em uma seção da descrição do jogo, graças a novas leis do Escritório de Direitos Autorais dos Estados Unidos.

Segundo as novas leis, conteúdo gerado por inteligência artificial não pode ser classificado sob as leis de direitos autorais. Na página oficial do Steam de Black Ops 6, os jogadores encontrarão uma descrição em que a Activision admite utilizar ferramentas de IA generativa para ajudar no desenvolvimento de alguns recursos do jogo.

Activision has now confirmed some in game content in Call of Duty is AI generated.

“Our team uses generative AI tools to help develop some in game assets,” Activision says as part of a required disclosure on Steam. pic.twitter.com/YJ3Yebd2wc

— CharlieIntel (@charlieINTEL) February 25, 2025

Vale frisar que a mensagem não especifica exatamente o que utilizou IA generativa, mas é curioso ver que até mesmo um dos jogos de maior investimento do mundo, com milhares de desenvolvedores em diversos estúdios, já recorre à tecnologia.

Não é a primeira vez que a franquia Call of Duty utiliza inteligência artificial. Em 2023, a Activision revelou que utilizaria ferramentas para moderar chats e conversa por voz, algo que foi bem aceito pela comunidade, ao contrário do conteúdo crido por IA generativa visto como um movimento “preguiçoso”.