O jogo Final Fantasy XVI recebeu uma versão para a família Xbox neste mês de junho de 2025, cerca de dois anos após o seu lançamento para o PlayStation 5, como forma de expandir o público do game.

Será que o título consegue fornecer uma boa experiência ao jogador dos consoles da Microsoft? O que há de destaques por aqui? O TudoCelular testou o título e mostra a você os detalhes agora.

A história não possui alterações do que já se conhece do PS5 e do PC para o Xbox. Isso significa que você vai encontrar aqui a mesma narrativa no papel de Clive Rossfield, filho mais velho do Arquiduque de Rosaria.

O protagonista tem uma parte emocional muito forte, visto que tem como fato a morte trágica do seu irmão logo de início e passará por uma série de eventos durante a sua jornada, em busca de vingança.

A trama não apresenta os heróis e os vilões como 100% pertencentes a essa classificação, o que torna o enredo muito mais rico e complexo, ao mesmo tempo em que permite a Clive ganhar maior popularidade.

Em meio a esses conflitos e guerras entre famílias em busca de territórios, além de uma série de reviravoltas, você também verá uma série de mortes sangrentas e contextos que se contrastam para melhorar a experiência cinematográfica na campanha.

Assim como nas demais plataformas, o jogo aqui possui localização para o português brasileiro tanto nos menus quanto nas legendas. Apenas a dublagem ainda permanece sem a opção do idioma nacional, mas você ainda poderá experimentar não apenas as falas em inglês, mas também em japonês

As músicas são muito bem escolhidas, como já é de costume da franquia. Você vai encontrar arranjos mais modernos de clássicos de Final Fantasy, bem como efeitos sempre encaixados com perfeição.

Vale recordar que a trilha sonora para FF 16 contou com o trabalho do compositor Masayoshi Soken, que precisou de sete anos para completar as aproximadas 300 faixas para o projeto.

Mais especificamente sobre a jogabilidade, a Square Enix não precisou fazer modificações na essência do jogo para o Xbox. Em outras palavras, o jogo segue com a sua mecânica de RPG de ação, com uma atenção maior no segundo que no primeiro.

O sistema de combate agrada, com uma ampla variedade de builds e golpes. Dá para você implementar o seu estilo preferido de luta com o Clive, seja para explorar o atordoamento dos inimigos, ou ser mais incisivo nos ataques diretos e nas habilidades.

As missões agradam e apresentam um nível satisfatório de aventura e diversão. Senti falta de mais áreas exploráveis dentro do mapa, tanto para coleta de itens quanto para mais missões secundárias.

Um ponto de destaque na versão para Xbox é o bom aproveitamento do joystick da linha Series, principalmente ao explorar os motores de vibração do controle de maneira bem ajustada com os comandos ou as cutscenes do game.

Como este RPG de ação dispensa a jogabilidade em turnos para entregar uma experiência em tempo real, os botões do Xbox e a boa resposta tátil são combinações que funcionam bem na proposta de FF 16.

Vale destacar ainda a possibilidade de jogar Final Fantasy XVI em nuvem, por meio do Xbox Cloud Gaming. Essa é uma alternativa para continuar o progresso no seu PC ou smartphone, além de conseguir rodar também via streaming em um console da família Xbox One.

A parte gráfica é um paradoxo neste título. Rodamos o jogo em um console Xbox Series S para saber como ele se comporta. O principal ponto positivo que notamos foi em relação à fluidez.

Ao longo da campanha, o game tende a ficar a maior parte do tempo estável nos 60 fps. Alguns momentos, com movimentos mais rápidos em cutscenes, é possível perceber uma rápida queda, que é restabelecida em seguida.

Isso acaba por compensar um ponto negativo aqui: a resolução. Apesar de rodar em Full HD (1080p) no PlayStation 5, não vimos boa otimização nesta edição para o console da Microsoft.

Final Fantasy XVI acaba por rodar em 720p e, em muitos momentos, o upcaling do videogame não é suficiente para impedir algumas imagens pixeladas de objetos ou até com algumas distorções de cores ao redor dos personagens.

Também vimos uma falha ao final da introdução. Quando Rodney Murdoch vai testar as habilidades de Clive em uma luta, ele some da tela, e o jogo acaba travando sem começar o duelo. Isso exige que você reinicie o título na cena que chega até esse desafio.

Final Fantasy XVI chega ao Xbox com o objetivo nítido de ampliar o seu público. Em um momento de muito foco no remake de Final Fantasy VII, ter uma novidade para o último título linear lançado é uma boa para a franquia.

A história não teve alterações, a trilha sonora segue de alto nível, e a jogabilidade recebeu boas adaptações para o console da Microsoft – ainda mais com a possibilidade de curtir o game na nuvem.

No entanto, sentimos falta de melhorias na otimização gráfica, para evitar a perda de qualidade na definição das imagens ao longo do game. Este é um título com uma arte bonita e que merece ser rodado a uma resolução superior. Pelo menos, a fluidez agradou e se manteve quase em todos os momentos de maneira bastante suave.

Vale recordar que Final Fantasy XVI está disponível, além do Xbox Series X|S, para PlayStation 5 e PC – via Steam. Você pode conferir a nossa primeira análise para PS5 neste link.

E aí, qual é a sua avaliação sobre a versão de FF 16 para a família Xbox? Conte para a gente no espaço abaixo.

*Agradecemos à Square Enix Latam por ceder uma cópia do jogo ao TudoCelular para esta análise!