Já não é de hoje que temos visto o advento da ampliação gradativa da regulamentação por países e regiões à internet, sob a alegação de que se é necessária a preservação da soberania de dados, o que inclui a privacidade e localização de dados de seus habitantes.

Essa segregação, que hoje já chega a mais de 30 regiões/países, gera a necessidade de empresas se planejarem e entenderem melhor cada uma das normas impostas nos mercados onde operam, visando mitigar os problemas com governos e órgãos de regulamentação.

Casos como a Lei de Segurança Cibernética da China, a GDPR criada pela União Européia e até a Lei Geral de Privacidade de Dados (versão tupiniquim do GDPR que é conhecido também pela abreviação LGPD) são exemplos claros de qual o caminho está sendo trilhado pela internet.

Nesse sentido, podemos considerar como principal prejudicado o mercado de tecnologia americano, tendo em vista que outras regiões constantemente vêm impondo sua força contra empresas sediadas no país, com exemplos recentes para os processos da União Européia contra Apple, Microsoft, Facebook e Google (para citar alguns dos principais players do mercado mundial), gerando assim uma multa que gira entre 0,5 e 4% de suas receitas anuais totais em multas.

Com isso, cada vez mais, empresas precisam estudar mais o mercado que pretendem ingressar, extrapolando o até então padrão de tributos e leis "comuns" para incluir também o como suas operações na internet podem beneficiar (ou prejudicar) suas operações em novos países.

Obviamente, empresas regionais (que operam em apenas uma área ou país) poderão se beneficiar parcialmente disso, tendo em vista que não precisarão investir pesadamente nos ajustes necessários para ampliação de operação em outros mercados mas mesmo assim, o futuro parece ser cada vez mais complexo para aqueles que desejam ofertar algo conectado a internet, seja ele um produto ou serviço.

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