A Claro é uma das primeiras operadoras do Brasil a iniciar a implementação da rede 5G no país. A operadora ativou nesta semana o novo padrão de conexão utilizando a tecnologia de Compartilhamento de Espectro Dinâmico, ou DSS, que tira proveito das estruturas da rede 4G, nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro através da faixa de frequência de 2,6GHz

A empresa já planeja a expansão para mais cidades, e para isso já estudo o uso de novas bandas. Em entrevista ao site Tele.Síntese, Celso Birraque, diretor de redes de acessos móveis da Claro, revelou o interesse da companhia em adotar os 2,1GHz para implementação do 5G em novos municípios.

Apesar da diferença nas bandas, o funcionamento seria idêntico ao visto em São Paulo e no Rio, operando simultaneamente nas faixas de 700MHz e 1,8GHz para atingir as velocidades 5G. Com o uso dessa tecnologia, os celulares são capazes de atingir taxas de transferência acima dos 400Mbps. Sem ela, a rede fica restrita a 300Mbps.

Justamente por tirar proveito do sistema 4G, a conexão 5G brasileira é do tipo Non-Standalone (NSA), estando assim limitada pela rede da geração passada. Quando o 5G Standalone (SA), com sua própria infraestrutura, for adotado, a velocidade deverá subir consideravelmente, mas isso ainda depende do leilão de frequências da Anatel, que só deve ocorrer em 2021.

Ainida que esteja estabelecido na estrutura 4G, o 5G DSS ainda exigiu alto investimento e modificações profundas. Conforme detalhou Birraque, foi necessário garantir o uso de elementos descentralizados e virtualizados, além de reestruturar a rede de atendimento ao cliente, para tornar a experiência com a nova rede ainda melhor.

Vale lembrar que a TIM também iniciou a implementação do 5G DSS no Brasil, começando com as cidades de Bento Gonçalves (RS), Itajubá (MG) e Três Lagoas (MS). A operadora prometeu expandir a rede para mais localidades em breve, fazendo uso de tecnologias da Ericsson, Huawei e Nokia. No momento, o único aparelho compatível com a nova rede disponível no país é o Motorola Edge.