Samsung 20 Out
A Samsung anunciou neste sábado a morte de Lee Kun-hee, filho do fundador da empresa, Lee Byung-chul, e uma das principais figuras de liderança da companhia entre os anos de 1987 e 2014. O executivo precisou se afastar forçadamente quando sofreu um ataque cardíaco, mantendo-se afastado da mídia desde então. Lee Kun-hee tinha 78 anos e a causa de sua morte não foi divulgada.
É inegável que a Samsung é hoje uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, sendo um dos pilares da indústria sul-coreana, mas esse nem sempre foi o caso. Fundada em 1938 como uma mercearia durante a Segunda Guerra Mundial, a fabricante foi sinônimo de televisores baratos e aparelhos de micro-ondas instáveis por muitos anos, até que Lee Kun-hee assumiu a presidência em 1987, após a morte de seu pai.
Lee Kun-hee foi o responsável por pavimentar o caminho de sucesso que a Samsung trilha hoje, trabalhando intensamente para tornar a companhia uma gigante no mercado de semicondutores nos anos 1990, no segmento de painéis planos durante a transição entre os televisores CRT para os aparelhos de plasma, e na telefonia celular no início dos anos 2000.
Infelizmente, a carreira do executivo também foi seriamente marcada por escândalos recentes, envolvendo principalmente crimes de suborno e evasão de taxas. O ex-presidente chegou a ser condenado por duas vezes, mas acabou sendo perdoado pela Justiça Sul-Coreana.
Os impactos desses crimes são sentidos até hoje dentro da Samsung e da Coreia do Sul, sendo alguns dos efeitos a prisão de presidentes do país asiático e constantes escândalos envolvendo Jay Y. Lee, atual Vice-Presidente da empresa e filho de Lee Kun-hee. Jay anunciou neste ano que não pretende passar o comando da Samsung aos filhos, encerrando a longa cadeia de comando familiar da gigante da tecnologia.
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