Economia e mercado 12 Abr
A Huawei enfrenta sérios problemas devido à escassez de processadores no mercado global refletidos no lançamento da sua nova série de smartphones top de linha — que prioriza chipsets da empresa rival em vez do HiSilicon Kirin — e encerramento da produção de celulares de entrada na China.
De acordo com uma reportagem do DigiTimes, esse cenário pode se tornar ainda mais expressivo com o crescimento estável da Unisoc. O jornal taiwanês prevê que a fabricante pode ultrapassar a participação de mercado da Huawei HiSilicon, e isso pode ocorrer ainda em 2021.
O relatório afirma que a Unisoc, com a crescente demanda que estima a venda de 68,2 milhões de unidades para este ano, deve tomar o título de terceira maior fornecedora de processadores do mundo, que atualmente pertence à Huawei. O pódio conta com a presença da MediaTek e Qualcomm em 1º e 2º lugar, respectivamente.
A nível de comparação, no ano passado, a Unisoc forneceu cerca de 27,1 milhões de processadores, o que representa um aumento significativo de 152% ao longo do último período.
A fabricante se beneficia ao tomar a participação de mercado no segmento de processadores 4G deixada pela MediaTek e a Qualcomm, que passarão a focar na compatibilidade com o 5G, segundo a pesquisa. A rede de quarta geração ainda é o principal meio de conectividade de economias emergentes, onde há grandes oportunidades para a Unisoc.
O déficit de oferta de chipsets acessíveis aliado ao cenário desfavorável da Huawei — que passa por sanções nos Estados Unidos e, consequentemente, gera incertezas sobre sua participação em outros países — propiciam o crescimento da Unisoc.
A empresa se apoia no processo de fabricação da TSMC e deve aumentar as remessas da parceira taiwanesa em breve, visto que haverá um crescimento de 10% durante o segundo semestre de 2021, especialmente em função da alta procura de seus equipamentos pela realme, Honor, Lenovo e outras fabricantes.
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