Segurança 09 Ago
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA) realizou um estudo que projeta o futuro do mercado automotivo brasileiro. Não fugindo da realidade dos demais países, o caminho parece ser eletrificação.
O levantamento especula que 62% dos carros vendidos até 2035 no país vão ser elétricos ou híbridos. Para comportar essa nova realidade, a entidade afirma que vai ser necessária a captação de R$ 150 bilhões em infraestrutura, tecnologia e produção de modelos eletrificados nos próximos 15 anos.
Chamado de "O Caminho da Descarbonização do Setor Automotivo", o estudo foi feito em conjunto com o BCG (Boston Consulting Group). De acordo com os especialistas, existem três saídas que o nosso mercado pode tomar na busca pela diminuição significativa da emissão de gases poluentes, e assim, modernizar a indústria nacional.
O primeiro caminho é o que a indústria já pratica hoje, basicamente. Um ritmo pautado pelas oportunidades pontuais e sem uma organização específica. Já o segundo cenário, chamado de "Convergência Global", propõe retirar os carros a combustão até 2035 e segue regiões mais desenvolvidas do mundo, como a Europa.
Por fim, a terceira saída seria o que eles chamam de "Protagonismo de Biocombustíveis". Ele foi pensado na realidade brasileira e busca a descarbonização por meio do etanol. Essa opção é defendida por montadoras como a Volkswagen.
Atualmente, as vendas de carros leves eletrificados no Brasil correspondem a 2% do total, segundo dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). O Toyota Corolla é o modelo híbrido mais comercializado no país.
A ANFAVEA estima que o Brasil atinja a marca de 432 mil unidades vendidas por ano em 2030 e 1,3 milhão em 2035, saltando para mais de 2 milhões se o cenário de "Convergência Global" for adotado no país.
Outra preocupação é com relação aos postos de recarga. A entidade avalia que vão ser necessários, ao menos, 150 pontos para atender a demanda nacional, o que custaria cerca de R$ 14 bilhões.
Para o estudo, com uma forte participação governamental, esse cenário pode ser alcançado com relativa tranquilidade, sobretudo se considerarmos que a maior parte da matriz energética do Brasil é limpa.
E aí, qual é a sua projeção quanto aos carros elétricos no Brasil? Conta pra gente nos comentários logo abaixo!
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