Apesar de toda a qualidade no desenvolvimento e fabricação de celulares, a média da vida útil desses aparelhos gira em torno de dois a três anos dependendo da configuração de hardware — modelos de entrada tendem a durar menos, enquanto topos de linha sobrevivem por mais tempo — e cuidados do usuário.

Evidentemente, em algum momento é preciso substituir o smartphone por uma versão mais atual seja por problemas no desempenho ou danos à estrutura. Nesse caso, dados de um estudo promovido pela Teads, plataforma global de mídia, revela que mais de dois terços dos possíveis compradores não mantêm fidelidade à marca atual.

O levantamento foi realizado em 17 países, dentre eles o Brasil, constatando que a maior quantidade de opções de compra disponíveis no mercado condiciona os clientes a buscarem por opções que se adéquem ao perfil de uso, deixando de lado a preferência por empresas e priorizando benefícios.

Para 67% dos brasileiros entrevistados, o principal fator considerado no ato da compra é a existência de ofertas que oferecem dinheiro de volta, seguido por menor preço (15%), opções de troca do modelo atual por um mais novo (12%), lançamentos (11%) e inovações de hardware (10%); em torno de 84% demonstraram interesse em trocar de marca.

Ainda segundo o estudo, cerca de 68% das pessoas afirmaram que pagariam mais caro para investir em um aparelho ecologicamente sustentável, enquanto 71% dos entrevistados afirmaram quererem que as marcas sejam "socialmente responsáveis e ecologicamente corretas".

Embora o mercado revele se manter heterogênico, é notório que os consumidores — neste caso os brasileiros — estão sobrepondo a durabilidade do aparelho e perfil pessoal sobre a popularidade das marcas.

Nesse cenário, é possível que nomes como Samsung, Xiaomi, Motorola, etc. não sejam mais fatores tão importantes para quem pretende investir em um novo smartphone. Apesar disso, é indubitável que ainda haverá usuários fieis a marcas e linhas de celulares, mas em menor número.

O mercado de telefonia móvel enfrenta um momento em que os compradores ainda valorizam características de hardware e software para a escolha de seus aparelhos, mas passam a considerar também o custo x benefício e a responsabilidade social e ambiental das empresas. Um produto que reforce a credibilidade da mensagem deve ser levado em consideração para manter a fidelidade dos usuários no Brasil”.

Paulo Itabaiana,
Managing Director da Teads no Brasil.

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