Economia e mercado 22 Jun
O Itaú, além do maior banco do Brasil, agora está se tornando a primeira instituição financeira de grande escala no país a adentrar o mercado de criptoativos. Isso se deu na última semana, quando anunciou a sua unidade tokenizadora, a Itaú Digital Assets, que vai permitir que qualquer investidor acesse ativos que hoje são restritos a clientes institucionais ou de alta renda, em um cenário em que o blockchain e o mundo digital invadem cada vez mais o mundo da economia — apesar, naturalmente, das crises.
Em outras palavras, a unidade transforma ativos tradicionais nos chamados tokens. Já com testes internos sendo rodados — em um token lastreado em recebíveis antecipados, num valor de R$ 360 mil, com venda restrita a alguns funcionários do Itaú e clientes selecionados do Private Bank —, a ideia é que até o final do ano, consumidores do varejo também tenham acesso a esses investimentos.
Para quem ficou interessado, vale notar ainda que a negociação de criptomoedas como o Bitcoin e o Ethereum também estão no horizonte, mas não são prioridade. Como informou Vanessa Fernandes, chefe global da Itaú Digital Assets, em uma coletiva de imprensa, o foco por ora é na tokenização.
A unidade também ficará responsável pela plataforma de serviço de custódia usando a tecnologia criptográfica e por fornecer “token as a service” (TaaS) dentro e fora da instituição financeira.
O próprio Itaú já vinha ainda fazendo grandes investimentos nesse mercado, quando em janeiro encabeçou um aporte de R$ 27,5 milhões na Liqi, uma startup de tokenização e exchange de criptoativos, que ainda funciona como corretora que faz ofertas primárias de tokens de empresas parceiras e possui uma plataforma B2B resposável pela emissão dos tokens via blockchain.
Comentários