A Birentech, fabricante de hardware sediada em Shanghai, na China, anunciou nesta terça-feira (09) a GPU Biren BR100, que promete derrotar as grandes líderes do segmento em tarefas de inteligência artificial. Trata-se de um chip gráfico de propósito geral (do inglês, “general-purpose GPU” ou “GPGPU”) fabricado em 7 nanômetros pela TSMC.

Mais especificamente, a GPU Biren BR100 utiliza o design 2.5D CoWoS da fundição taiwanesa para permitir um total de 77 bilhões de transistores. Para fins de comparação, a NVIDIA Ampere A100 possui 54 bilhões de transistores em sua GPU e é utilizada para o aceleramento de processos gráficos e IA em servidores de grande escala.

A promessa da chinesa com sua nova solução de silício é ser ainda mais veloz que a NVIDIA Ampere A100 — algo que não parece uma tarefa difícil, visto que a Biren BR100 encosta na contagem de transistores da NVIDIA Hopper H100 que, por sua vez, é o atual componente mais poderoso do mercado fabricado em 4 nanômetros pela TSMC.

A Biren BR100 possui 64 GB de memória HBM2e e total de 300 MB de cache integrado ao chip, o que acelera o processo de interconexão dos componentes dentro do die.

A largura de banda de memória é de 2,3 TB/s, sendo diretamente beneficiada pelo PCI Express de 5ª geração através do padrão CXL, gerenciado por um consórcio formado por empresas como a AMD, NVIDIA, Intel, Microsoft, Google, Huawei e Samsung.

A Birentech apontou dados interessantes sobre a Biren BR100. O chip gráfico é capaz de atingir 2048 TOPs (trilhões de operações por segundo) em INT8; 1024 TFLOPs (trilhões de operações de ponto flutuante por segundo) em BF16; 512 TFLOPs em TF32+; e 256 TFLOPs em FP32. Cabe acrescentar que o modelo em questão trabalha com TDP de 550 W.

A Birentech apresentou também uma placa de vídeo menos robusta que a Biren BR100. A Biren BR104, como foi batizada, trabalha com TDP de 300W e entrega “metade do desempenho” da top de linha — literalmente. Em FP32, o poder do chip é avaliado em 128 TFLOPs; em INT8, são 1.024 TOPs.

A China parece estar investindo muito mais no desenvolvimento de hardware próprio que substitui produtos ocidentais. A Jingjia Micro JM9, por exemplo, promete desempenho “suficiente” ao ser comparada com a GeForce GTX 1080. Enquanto isso, a Moore Threads trabalha na linha “MTT” para desktops e servidores.