Segurança 10 Jan
Confirmado pelo Banco Central do Brasil em meados de dezembro de 2022, o Real Digital está previsto para ser lançado no mercado no primeiro semestre de 2024. Contudo, ele terá um período de testes ainda em 2023.
A nova moeda digital brasileira promete novas possibilidades, mas ainda desperta a curiosidade e dúvidas por parte das pessoas. Quer saber como será o funcionamento dela? O Detetive TudoCelular explica em detalhes para você.
O Real Digital será lançado como a primeira moeda virtual oficial do Brasil e se tornará uma espécie de extensão das cédulas físicas de dinheiro. Ela terá como grande objetivo ser uma alternativa ao formato tradicional para operações eletrônicas, mas sem substituir o Real como conhecemos.
A proposta inclui que a moeda digital brasileira tenha o mesmo valor da física. Em outras palavras, não haverá grandes cálculos para essa conversão. As pessoas poderão ter uma carteira virtual por meio de alguma instituição autorizada.
A implantação terá alguns objetivos. Ela poderá servir para transferências, pagamentos internacionais sem depender de conversão ou ainda na compra e venda de produtos e serviços. A lista inclui até mesmo carros e imóveis.
A ideia é que a conversão para o Real Digital não seja diferente do que o depósito de cédulas físicas em uma conta existente.
Pelo nome, é possível que muita gente pense que o Real Digital seria como uma criptomoeda. Contudo, o método de funcionamento dela se diferencia. Isso porque as criptos são consideradas como um investimento, com um valor variável a qualquer momento do dia.
Em outras palavras, não haverá a “compra” da cédula virtual brasileira. Guardar dinheiro por esta moeda digital fica mais semelhante a uma poupança ou conta corrente do que nos formatos vistos com Bitcoin, Ethereum e outras.
Outra distinção está na regulamentação dela. O Real Digital segue o padrão CBDC (Moeda Digital de Banco Central), ou seja, toda a regulamentação dela fica a cargo do BC. Já as criptomoedas possuem caráter descentralizado, sem normas específicas.
Assim, compras em estabelecimentos aceitarão a moeda virtual brasileira para qualquer tipo de transação, uma vez que ela será válida a nível nacional. Com as criptos, por não serem moedas correntes, não são todos os locais que aceitam.
Mais uma dúvida que surge se trata de uma comparação entre o Pix e o Real Digital. O primeiro consiste em uma operação eletrônica, focada em transferência e recebimento de dinheiro de maneira instantânea, rápida e segura, com a necessidade de autenticação bancária e existência de chave com CPF, celular, e-mail ou número aleatório para substituir os dados de cona.
Por sua vez, o segundo será a própria moeda em sua versão digital. Ela estará presente em carteiras digitais e permitirá movimentações entre essas próprias wallets, sem a necessidade de passar pelos bancos.
Em outras palavras, uma pessoa sem conta no banco poderá ter sua carteira com Real Digital – assim, a iniciativa ajuda também na inclusão digital de pessoas consideradas “desbancarizadas”.
A iniciativa tem sido estudada pelo Banco Central desde agosto de 2020 e teve suas diretrizes criadas em maio de 2021. As primeiras unidades ainda foram emitidas em 20 de outubro de 2022, em caráter experimental, enquanto até o final de 2023 deverá ser testada por mais cidadãos, com disponibilidade de 2024.
Os experimentos são realizados por meio da plataforma do Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (Lift). Já o desenvolvimento teve profissionais da Procuradoria do BC e de áreas como Assuntos Internacionais, Estudos e Pesquisas, Meio Circulante, Monitoramento do Sistema Financeiro, Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos, Promoção da Cidadania Financeira, Regulação, Supervisão e Conduta e Tecnologia da Informação.
Quais são as suas expectativas para a implantação do Real Digital? Conte para a gente no espaço destinado a comentários.
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