A Netflix está "completamente satisfeita" com o ritmo da repressão ao compartilhamento de senhas, iniciada recentemente nos Estados Unidos, Brasil e em outros países. A fala do co-CEO, Ted Sarandos, foi realizada em uma conferência nos Estados Unidos.

Segundo o executivo, por mais que possa ter irritado os usuários no princípio, a medida ampliou o número de pagantes da plataforma, algo que é usado para financiar novas produções originais.

Além disso, Sarandos revelou que a empresa foi "avaliando" a reação dos clientes durante todo o processo:

Foi bom ir devagar. Não fizemos isso de uma só vez para poder analisar como os clientes iriam reagir.

O executivo ainda revelou que cerca de 222 milhões de famílias pagantes estavam compartilhando senhas com mais 100 milhões de famílias que não estavam sendo monetizadas.

Após o início do bloqueio, a empresa recebeu seis milhões de novos assinantes durante o segundo trimestre deste ano, incluindo mais de um milhão nos EUA e Canadá.

A receita aumentou em todas as regiões onde o compartilhamento pago foi lançado e as novas assinaturas acabaram excedendo os cancelamentos. A receita também cresceu US$ 64 milhões no terceiro trimestre deste ano com o ganho de 8.8 milhões de novos assinantes.

Cabe lembrar que, além de limitar o compartilhamento, a Netflix também impôs um aumento de preços nos seus planos em diversos países, mas isso não afugentou seus assinantes.