Após a crescente pressão dos reguladores do Reino Unido e da União Europeia, a Adobe e a Figma anunciaram nesta segunda (18) que ambas as empresas estão rescindindo mutuamente o seu acordo de fusão, o que teria levado a Adobe a adquirir a plataforma de design de produto Figma por US$ 20 bilhões de dólares.

Como resultado da rescisão, a Adobe será obrigada a pagar à Figma uma taxa de rescisão reversa de US$ 1 bilhão em dinheiro.

2023 foi o ano das grandes fusões (ou tentativa) entre empresas de tecnologia. Embora as fusões mais notáveis tenham acontecido no mundo dos games, a Adobe também ganhou notoriedade ao tentar adquirir a Figma, umeditor gráfico de vetor e prototipagem de projetos de design baseado principalmente no navegador web.

A tentativa de fusão entre as gigantes do design foi recebida com rejeição por grande parte dos órgãos reguladores ao redor do mundo, principalmente na Europa e Reino Unido. Como resultado, as empresas decidiram abandonar a transação esta semana.

A Adobe e Figma discordam veementemente das recentes descobertas regulatórias, mas acreditamos que é do nosso interesse avançar de forma independente. Embora a Adobe e a Figma compartilhem a visão de redefinir em conjunto o futuro da criatividade e da produtividade, continuamos bem posicionados para capitalizar nossa enorme oportunidade de mercado e missão de mudar o mundo por meio de experiências digitais personalizadas.

Shantanu Narayen, presidente e CEO da Adobe.

Os reguladores citaram o quase monopólio da Adobe no mercado de software de design ao recusarem o acordo. Ao adquirir o Figma, uma plataforma de design de produto de rápido crescimento que agora é mais popular do que o aplicativo Adobe XD, os reguladores temiam que a Adobe prejudicasse a inovação que poderia ter ocorrido caso o Figma pudesse florescer de forma independente.

Os designers expressaram preocupações semelhantes desde que a fusão foi anunciada em setembro de 2022, mas a Adobe rejeitou essas afirmações durante as várias investigações em andamento.

Não é o resultado que esperávamos. Mas, apesar de milhares de horas gastas com reguladores em todo o mundo detalhando as diferenças entre nossos negócios, nossos produtos e os mercados que atendemos, não vemos mais um caminho para a aprovação regulatória do acordo.

Dylan Field, CEO da Figma.

E aí, esperava que a Adobe fosse sofrer esse bloqueio?