
16 Abril 2025
01 de março de 2025 11
O CMF Phone 1 é o primeiro smartphone da subsidiária da Nothing. Lançado em julho de 2024, o aparelho conquistou o público com a sua ficha técnica digna de intermediário e design modular.
Ele tem tela AMOLED, plataforma Dimensity e uma bateria de 5.000 mAh. Ou seja, uma espécie de Galaxy A ou Moto G da marca.
Mas será que ele é uma boa opção contra os aparelhos das consolidadas Samsung e Motorola? O fato dele não ser vendido no Brasil é algo para lamentar?
Confira todos os detalhes sobre esse aparelho neste rápido hands-on.
Pesando 202 gramas, o CMF Phone 1 foi anunciado com aquela premissa de ser um aparelho modular. Por conta disso, ele tem um design diferentão e que apresenta parafusos na traseira.
Segundo a fabricante, você pode simplesmente desparafusar e colocar uma traseira nova com outras cores disponíveis no seu site.
Contudo, por mais que seja uma ideia interessante, ela não convence muito. Isso porque a traseira do aparelho é áspera e esses parafusos dão a impressão de um produto meio que inacabado.
Esse pequeno círculo na parte traseira inferior do aparelho também serve para acoplar acessórios, como uma cordinha ou suporte, mas, honestamente, ela acaba incomodando de vez em quando a depender de como você segura o aparelho.
Ainda assim, é preciso destacar que essa traseira removível é muito importante na substituição da bateria. Facilita o trabalho do técnico e do usuário.
Na traseira ainda temos um módulo de câmeras levemente saltado com dois sensores e um flash LED fora dele.
Os botões de volume ficam do lado esquerdo, você tem o de energia na lateral direita, enquanto a gaveta permite usar até dois chips de operadora.
O Phone 1 tem certificação IP52. Na parte frontal, há o tradicional furo nessa tela que tem bordas mais espessas, algo até que aceitável para essa faixa de preço.
Na caixa, a marca manda o smartphone, cabo USB-C, manuais e chave de remoção de chip, mas sem carregador.
A tela do CMF Phone 1 é uma AMOLED LTPS de 6,67 polegadas. Esse painel oferece resolução Full HD Plus e taxa de atualização de até 120 Hz.
Por ser LTPS, o display varia entre 60 Hz e 120 Hz ao invés de 1 a 120 Hz dos modelos mais caros. Ainda assim, a marca promete brilho máximo de até 2 mil nits em pico, enquanto que no uso diário você terá 1250 nits.
É um valor que ainda dá para ver conteúdo facilmente sob forte incidência de raios solares. Um ponto muito positivo aqui neste tópico é o sensor de digitais óptico, que é rápido e eficaz.
Por outro lado, o áudio apenas mono desanima bastante em multimídia.
O CMF Phone 1 tem plataforma MediaTek Dimensity 7300, sendo que no modelo testado há 8 GB de RAM e 256 GB de armazenamento interno.
Em linhas gerais, esse chipset lida muito bem com as tarefas diárias, como navegação em redes sociais, uso de mensageiros e até games intermediários.
E um dos pontos positivos desse chipset é, sem sombra de dúvidas, o seu baixo consumo energético. A bateria do Phone 1 é de 5.000 mAh e em testes preliminares ele chegou ao fim do dia com tranquilidade.
Se você faz um uso menos intenso, ele pode até chegar ao segundo dia facilmente. E o melhor, o aparelho não esquenta muito, indicando que o sistema de arrefecimento também está bem ajustado.
O carregamento é de até 33W e não é um dos mais rápidos, ainda mais quando comparamos com alguns intermediários chineses que oferecem 65W ou até mais.
Ainda assim, se você olhar para o lado da Samsung, a linha Galaxy A só vai até 25W. Uma pena que o carregador não venha na caixa como Xiaomi, Redmi ou realme fazem.
Em conectividade, há 5G, Wi-Fi em banda dupla (2,4 e 5 GHz) e Bluetooth. Infelizmente, não há NFC para pagamentos por aproximação.
Lançado com Android 14, o CMF Phone 1 já tem Android 15. O celular da subsidiária da Nothing já foi atualizado para a última versão do sistema do robozinho verde e isso é bastante positivo.
Inclusive, temos que falar da NothingOS, que é uma interface que tem animações extremamente ricas e é bastante peculiar. Nada muito diferente dos aparelhos da marca.
O primeiro ponto positivo é, sem sombra de dúvidas, a lista enxuta de aplicativos pré-instalados. Até a galeria da NothingOS 3.0 precisa ser baixada via Play Store.
Neste celular, você tem o pacote básico do Google e isso agrada bastante. Até os widgets da marca são disponibilizados via Play Store para você fazer o download, como o joguinho da cobrinha que pode ser acessado via widget.
No aparelho há ainda aquela pegada monocromática já conhecida da Nothing.
A interface também permite editar completamente a página de acesso rápido, sendo que a Inteligência Artificial também está disponível e faz algumas coisas úteis.
Um exemplo é que ela reúne todos os aplicativos de forma automática em grandes pastas com jogos, redes sociais e afins. Até os aplicativos recém-baixados são adicionados nessas pastas.
O modo Always On Display permite o uso de widgets personalizáveis, a IA reconhece os aplicativos que você mais usa para facilitar a abertura constante e tudo está em evolução.
Isso porque a Nothing tem uma comunidade bastante engajada e isso resulta em atualizações constantes com changelogs bem detalhados.
Uma pena que esse aparelho só vai receber mais uma grande atualização. Ou seja, vai até o Android 16. Pelo menos os updates de segurança seguirão sendo liberados por até 3 anos.
Apesar do CMF Phone 1 ter dois sensores traseiros, esse é basicamente um celular de câmera única.
O sensor principal tem 50 MP e a segunda lente é apenas de profundidade com mais 2 MP. Não há estabilização óptica ou foco automático.
Ainda assim, o software faz a diferença e o Phone 1 consegue capturar boas fotos em ambientes externos ou bem iluminados. As cores tem um bom padrão, não há distorções e os detalhes ficam perceptíveis.
Mesmo em cenários mais desafiadores, como em fotos noturnas, ele também se sai bem e isso é fruto do software herdado do Nothing Phone.
Inclusive, isso trouxe ao Phone 1 o suporte para Live Photos, como no iPhone, modo Ultra HDR e vívido para quem gosta de cores super vívidas.
O sensor de desfoque até que consegue auxiliar no modo retrato, mas a gravação de vídeo dese aparelho só vai a até 4K a 30 fps.
Por outro lado, o sensor frontal de 16 MP é eficiente e não exagera na suavização das fotos, algo positivo para compartilhamento em redes sociais.
O CMF Phone 1 é um celular que chama a atenção pela sua proposta e agora que o preço está mais competitivo, ao menos lá no exterior, ele começa a ficar interessante.
A título de curiosidade, esse dispositivo custa o equivalente a R$ 1.200, o que é um valor bastante justo para essa proposta.
Em pontos positivos, destacamos a boa tela, um chipset competente e econômico, uma câmera que podemos definir como sendo apenas ok e um software muito bem trabalhado.
Em pontos negativos, temos a falta de chip NFC, som mono e uma segunda câmera apenas para fazer volume. A política de atualizações também poderia ser melhor.
Como concorrentes, temos algumas opções no mercado nacional como o Motorola Moto G85 na faixa dos R$ 1.500, realme 12 Plus um pouco mais caro e até o Galaxy A55.
Se você apostar em um Redmi Note 14 5G, é possível encontrar o aparelho na mesma faixa de preço do Phone 1. Ou seja, não faltam opções no Brasil para bater de frente com esse celular.
Mesmo assim, esse aparelho seria muito bem-vindo no nosso mercado e quem sabe a marca não venda ele por aqui em uma segunda geração? Não custa imaginar.
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