Se existe algo que nós aprendemos com a Apple é que nada será do mesmo jeito como nós esperamos ou como os rumores apontam. Isso acontece todos os anos, e mesmo com um rumor atrás do outro, a empresa ainda assim consegue surpreender a todos com alguma novidade que não foi relevada. Isso já aconteceu com outros dispositivos da empresa e com certeza deverá acontecer com o iWatch ou qualquer nome que seja o wearable que deverá ser lançado por ela ainda este ano.

Nós já temos no mercado uma briga boa entre algumas empresas para dominar o mercado dos wearables, entretanto, existem ainda alguns problemas que não foram pensados de maneira "correta", e agora, a Apple vive um dilema muito impaciente (pelo menos para os usuários), que fica entre lançar ou não lançar um relógio inteligente voltado para o seu público. Como o mercado ainda é bem pequeno em relação à este tipo de produto, a Apple pode ter a chance de inovar mais uma vez um setor da indústria tecnológica.

1 - Notificações

Esse não parece ser um problema, e sim uma característica base para os smartwatches. Entretanto, como ele irá se comportar e como ele irá notificar os usuários ainda não é bem clara para todos os usuários. Vamos tomar como exemplo alguém que utiliza bastante o seu dispositivo para redes sociais, ler e-mails, checar notícias. Porém, esse alguém não pode ver o seu smartphone o tempo inteiro para pelo pelos verificar as coisas mais importantes, isso por que ela trabalha em um ambiente fechado e de muita pressão onde os seus chefes exigem que ela foque apenas no trabalho e deixe o secundário para depois. E além do mais, se ela desativar todos os sons do aparelho, pode perder alguma ligação importante por conta disso.

Receber notificações de som pelo seu smartphone pode se tornar algo irritante, porém, receber algumas dessas notificações com simples vibrações no seu pulso é muito mais cômodo e prático. O que a Apple deve fazer é apenas separar aquelas notificações que o usuário realmente sejam de importância para o usuário, e os alertas precisam ser discretos, porém, também precisam chamar a atenção do mesmo.

2 - Sensores

Quando falamos "sensores" e logo em seguida as palavras "relógio inteligente", o que você consegue imaginar? São infinitas possibilidades. Desde sensores para gravar e acelerar dados como de direção, orientação e posição, por exemplo. Esses sensores, juntos, podem dar informações bem precisas sobre alguns aspectos físicos do usuário, porém eles estão todos disponíveis apenas no iPhone. E como nem sempre um usuário pode ter ou sair com o seu iPhone, seria uma ótima ideia adicioná-los à um smartwatch.

Mesmo com outras pulseiras fitness disponíveis no mercado, o iWatch pode ganhar o seu espaço pela versatilidade e outros tipos de rastreamento de saúde que poderá fazer. É como usar o Healthbook​ em qualquer lugar, porém, sem a necessidade de estar carregando o seu iPhone.

3 - Segurança

Outro aspecto que a Apple poderá sair na frente dos seus concorrentes é no que se diz respeito a segurança. Ter uma conexão Bluetooth ou qualquer outra sem fio segura e leitor de impressões digitais são duas coisas que poderemos ter nesse dispositivo e que fará muita diferença. Desbloquear um iPhone ou iPad é algo muito simples, porém, utilizando o iWatch, esses dispositivos só podem ser desbloqueados quando o relógio estiver por perto, caso contrário permanecerão bloqueados.

Essa é só uma possibilidade do que o iWatch pode fazer no quesito segurança, e é fácil imaginar milhares de outras que a Apple pode implementar. É claro que é tudo muito complexo por enquanto, mas o Touch ID pode se fazer um belo amigo do relógio digital.

4 - Versatilidade e usabilidade

Responda com sinceridade: você usaria um relógio inteligente? Há quanto tempo você não utiliza um relógio de pulso? Não sei vocês, mas a maioria das pessoas hoje em dia não utilizam relógios, pois elas possuem smartphones com recursos avançados e que também podem mostrar a hora com a mesma facilidade, sem contar a discrição que é mantida. Porém, os relógios podem ser comparados com smartphones de um modo geral. Vamos usar como exemplo o iPhone, que não é apenas um smartphone e sim um dos melhores. A mesma coisa pode ser com o iWatch, ele não pode ser apenas mais uma joia tecnológica, e sim um comutador ultra-portátil com um aplicativo de relógio instalado.

A Apple pode fazer isso pensando em atingir diversos tipos de público, lançado o iWatch em variações de preço (da versão popular à premium), com versões voltada para a moda, ou então ela poderia investir em um dispositivo simples e padrão, mas aí pode deixar de conquistar um ou outro mercado que liga e muito para a aparência dos seus acessórios.

5 - Funções distintas

Conexões Wi-Fi e Bluetooth podem não parecer uma boa ideia para um dispositivo com uma tela minúscula, até por que é meio raro encontrarmos alguém que queira ver vídeos do YouTube em uma tela de relógio. Mas a questão definitivamente não é essa, e sim de conectividade com outros aparelhos e acessórios. Vamos imaginar que a Apple TV passasse a ler os movimentos do usuário tendo por base o iWatch que estaria no pulso dele. Incrível! Não?

Pagamentos com um iWatch poderia ser aprovado, basicamente, por todo o público e indústria. Como essa é uma questão que também envolve segurança, deve ser pensada com muito cuidado. Mas por se tratar de tecnologia NFC​, ter a autenticação de pagamento em postos de gasolina, padarias, supermercados, redes de fast-food ou até mesmo shoppings, seria um grande diferencial para o relógio da Maçã.

O mercado de relógios inteligentes e wearables ainda está no começo, e como nós dissemos, esses são "problemas" que o iWatch pode resolver, mas não quer dizer que nenhuma outra empresa possa tomar essas ideias para si e remodelar os seus produtos. A briga, daqui pra frente, só pode ficar cada vez mais acirrada e igualitária em diversos pontos, pois esse é um dispositivo que tem por base limitações - apenas ver as horas, por exemplo. Vamos aguardar as inovações que deverão fazer esses pequenos dispositivos se tornarem um grande atrativo.