Segurança 10 Nov
Na manhã desta quinta-feira (18), a polícia civil deflagrou a operação "Tráfico.com" contra uma empresa provedora de internet, que não teve seu nome divulgado, suspeita de pagar valores semanais a chefes do tráfico de diferentes comunidades para obter vantagens, impedindo que empresas rivais atuassem nestes locais.
A Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) visou cumprir nove mandados de busca e apreensão em endereços na Ilha do Governador na Zona Norte do Rio.
De acordo com relatos, técnicos de operadoras como Oi, Vivo e Claro eram expulsos destas comunidades e ameaçados com armas de fogo, sendo impedidos de fazerem qualquer tipo de instalação. Apenas funcionários do provedor associado ao tráfico tinham permissão para executar serviços.
Além disso, os traficantes vandalizam redes já instaladas, cortando cabos e danificando equipamentos, impedindo reparos para que os moradores fossem obrigados a contratar os serviços da empresa favorecida por facções, como o Comando Vermelho e o Terceiro Comando Puro que oferecia distribuição de sinal de internet, serviços de telefonia e de TV a cabo.
De acordo com a investigação, a quadrilha atuava além do Dendê na Ilha do Governador, mas também no Morro dos Macacos em Vila Isabel, nos bairros Manoel Correa e Jardim Nautilus da cidade de Cabo Frio, em Vila Tiradentes em São João de Meriti e no Jacaré em Niterói.
A estimativa é de que a empresa tinha cerca de 20 mil clientes nestas regiões e faturamento bruto mensal de mais de R$ 1 milhão.
Recentemente, a Polícia Civil de São Paulo deflagrou a "Operação Brick", a ação contou com apoio da Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública para combater a pirataria de jogos de videogame no estado
Comentários