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Segurança 25 Abr
26 de abril de 2024 20
A Huawei parece estar consolidando sua independência de tecnologias estrangeiras após sofrer embargos comerciais dos Estados Unidos, que lhe impediram de utilizar matérias-primas avançadas da TSMC, fabricante de semicondutores. Um dos pontos-chave é a fabricação de seus chips para smartphones por meio da SMIC, uma rival chinesa da TSMC.
Nesta sexta-feira (26) uma análise sobre o Huawei Pura 70 Ultra publicada pelo TechInsights comprovou que o processador Kirin 9010 é fabricado com a litografia de 7 nanômetros da SMIC, isto é, a mesma tecnologia adotada para a produção do Kirin 9000S.
Embora tenha a mesma classe de litografia que a plataforma mais antiga, o Kirin 9010 chama atenção por contar com uma CPU de 12 núcleos, o que rende um desempenho ligeiramente mais alto que o Kirin 9000S com sua CPU de 8 núcleos.
A Huawei precisou reutilizar essa tecnologia devido às atuais capacidades de produção da SMIC, que ainda está desenvolvendo novas linhas de produção para fabricar wafers com litografia de 5 nanômetros até o final de 2024.
Caso aguardasse até que a nova tecnologia de chips estivesse pronta para produção em massa, a Huawei teria que adiar o lançamento do Pura 70 Ultra. Contudo, o celular acabou sendo lançado dentro do cronograma com o Kirin 9010, que é projetado pela HiSilicon, sua subsidiária, e a empresa reiterou sua independência de tecnologias estrangeiras.
No entanto, o Kirin 9010 exibe desempenho inferior aos seus principais concorrentes no mercado global de chips para smartphones. Um recente comparativo feito por usuários chineses mostra que a nova plataforma consome a mesma quantidade de energia do Snapdragon 8 Plus Gen 1, porém é 30% mais lenta
Devido às mencionadas restrições de exportação dos Estados Unidos, a Huawei não tem acesso às tecnologias de última geração da TSMC, que já fabrica chips de 3 nanômetros, e com isso, depende intrinsecamente da SMIC.
No entanto, os equipamentos para fabricação de chips altamente tecnológicos também estão bloqueados para empresas chinesas. A ASML, uma das principais produtoras de máquinas de litografia avançada, não pode fornecer essas ferramentas à SMIC, levando a chinesa a utilizar técnicas mais antigas para produzir hardware.
O cenário deve se tornar mais favorável às chinesas, ao passo que se tornam autossuficientes na indústria de hardware. A SMIC começou a projetar linhas de produção de chips com litografias de 5 nanômetros e 3 nanômetros para a Huawei, contudo, ainda não há uma previsão para o lançamento dessas tecnologias.
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