Planos 31 Mai
Se você abrir sua carteira neste momento e descobrir que possui R$ 15 ou mais dentro dela, você está mais rico que a Anatel. De acordo com um levantamento do site Teletime, a agência reguladora possui em caixa atualmente apenas cerca de R$ 14. O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, (que já disse não ter recursos para todas as metas) declarou já estar ciente da situação e prometeu buscar soluções.
Sem dinheiro em caixa, os serviços da Anatel podem parar, a começar pelo call center, que recebe reclamações dos consumidores contra as empresas de telecomunicações. O problema é tão grave que até mesmo as Olimpíadas podem ser afetadas, caso a agência não consiga pagar uma equipe para monitorar e fiscalizar a rede de telecomunicações, que inclui telefonia móvel e fixa e televisão. Ou seja, até mesmo a transmissão dos jogos está em risco.
A saúde financeira da agência é delicada desde o ano passado, com cortes de gastos (inclusive de viagens técnicas para fiscalização), dívidas em serviços de telecomunicações (para as próprias empresas que regula). A situação só piorou com a fusão do Ministério das Comunicações com o de Ciência e Tecnologia (que abriga também Inovações). O problema maior é que ainda não estão sendo efetuados repasses de recursos pelo órgão do Executivo. No entanto, é de se estranhar que a Anatel tenha problemas financeiros, visto que a agência faturou, só nos primeiros três meses de 2016, R$ 3 bilhões, valor mais alto do que as operadoras de telefonia móvel.
Além da Anatel, a Telebrás também vive drama financeiro. O ministro Gilberto Kassab aguarda a aprovação do déficit orçamentário da União pelo Congresso, calculado em R$ 170 bilhões. Assim que o valor for liberado pelos parlamentares, o governo terá como liberar recursos para todas as áreas.
Em tempo: Claro que a Anatel possivelmente ainda tem muito mais bens do que qualquer um de nós. A analogia no começo da matéria é apenas uma brincadeira, visto que a situação financeira de cada um é calculada de maneira muito mais complexa do que analisando apenas a quantidade de dinheiro que temos no bolso ou no banco.
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