Como a necessidade de semicondutores crescendo em uma escala global, o mesmo acontece com a competição entre duas das gigantes da indústria - Intel e Samsung Electronics. O negócio de semicondutores da sul-coreana tem crescido tanto nos últimos anos que a partir do final do segundo trimestre de 2015, a diferença entre o número chips vendidos entre ambas empresas é de apenas 1,6%.

A empresa de marketing HIS iSuppli afirma que Samsung alcançou uma quantia US$ 10,3 bilhões em vendas durante o segundo trimestre de 2015 e uma quota de 12% do mercado global - incluindo memórias e semicondutores. Maior fabricante de chips do mundo, Intel, registrou número de US$ 11,79 bilhões em vendas e 13,6% da quota global - esta lacuna de 1,6% mostra pela primeira vez que a diferença fica na faixa de 1%.

O segundo trimestre de 2015 foi a primeira vez que a Samsung superou a marca de US$ 10 bilhões, mas eles foram ganhando mais mercado do que a Intel há alguns anos. Em 2011, a diferença era de 6,9%, em 2012, caiu para 6,0%, em seguida, 4,3% em 2013 e para baixo de 3,4% em 2014.

A quota de mercado da Samsung cresceu 0,8% no segundo trimestre, enquanto a Intel cresceu apenas 0,3%. Hynix, outra fabricante sul-coreana de chips móveis representou crescimento de 4,9% no mercado, com US$ 4,29 bilhões em vendas, chegando a superar Qualcomm - maior fabricante mundial de chipsets móveis - assumindo o terceiro lugar e empurrando Qualcomm para quarta posição.

O campo de semicondutores está crescendo à medida que mais dispositivos precisam de componentes de controle - o crescimento da ‘Internet das Coisas’ (IoT), dispositivos móveis, eletrodomésticos, automóveis, carros sem motorista e até mesmo toda a nossa casa. Intel esperou muito tempo para fazer a troca de PCs e notebooks para dispositivos móveis e só agora estão começando a realmente penetrar nesse mercado.

Quando a Intel entrou para o mercado de chips para dispositivos móveis, Qualcomm, Samsung e MediaTek já estavam com produção avançada, com chips Kirin da Huawei começando a surgir em seguida, a Intel foi ficando ainda mais para trás. A empresa precisa quebrar um novo campo que não é fácil, e ainda mais com a maioria das fabricantes demonstrando terem suas parceiras preferidas neste processo, fez com que a Intel ficasse em segundo plano.

China e Índia são mercados enormes que cada fabricante gostaria de obter o controle - mas as grandes empresas, como Xiaomi, também pretende produzir os seus próprios chips para seus smartphones Redmi, embora Lenovo possa escolher a Intel e incluir os seus chips em futuros lançamentos. À medida que o ano passa, será interessante ver se a Intel consegue recuperar o mercado perdido para a Samsung.