Há alguns anos atrás o problema dos deepfakes parecia uma preocupação para o futuro. Porém, como tudo que envolve o universo da tecnologia, essas preocupações acabam chegando mais rápido do que podemos imaginar, e sim, já existem ferramentas que tornam fácil substituir o rosto de uma pessoa em vídeo, e fazê-la dizer coisas que não disse.

Não precisamos entrar no mérito de como isso é perigoso e poderia elevar o problema das fake news a um novo patamar, o que tornaria especialmente delicado momentos eleitorais, já naturalmente tomados por difamações e ataques gratuitos. Preocupada com o assassinato de reputações, o Google está iniciando um projeto para combater essa vertente das mentiras digitais.

A gigante de buscas criou um banco de dados com vários vídeos de deepfake com o intuito de treinar mecanismos de reconhecimento facial. É como fazer a engenharia reversa dessas ferramentas, usando elas mesmas para alertarem quando um vídeo que viralizar na verdade se tratar de uma dessas montagens.

Ela contratou diversos atores e atrizes para esse projeto, que é integrado ao FaceForensic, encabeçado por uma equipe da Universidade Federico II, em Nápoles. Essa parceria permitirá que os trabalhos do Google sejam potencializados e usados para a criação de ferramentas que visem combater fake news audiovisuais.

Mais detalhes sobre essa parceria podem ser conferidos no blog oficial do Google (em inglês):

• Blog do Google - clique aqui.

Vale lembrar, em 2020 acontecem no Brasil as eleições para prefeitos e vereadores. Os olhos do mundo também deverão se voltar para os Estados Unidos, com a corrida presidencial. O Facebook já avisou que está apertando as regras para publicidade política. Mas a grande pergunta que fica é: que esforços as redes sociais tomarão para evitar a viralização de fake news em seus espaços?