Economia e mercado 22 Jun
A BTIX, nova startup no mercado de eventos, criou tecnologias inéditas que prometem mais segurança para os consumidores na venda de ingressos para festivais de música, shows e outras grandes ocasiões. As soluções da empresa contam com inteligência artificial e blockchain para uma comercialização de tíquetes protegida contra fraudes.
Um estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD) indica que cambistas podem faturar entre 40% e 50% do valor de ingressos para eventos. Em casos extremos, o lucro pode superar 7.000%. É nesse cenário que a BTIX criou um ingresso digital único, identificável e insubstituível que fica registrado em sua blockchain.
O tíquete pode ser rastreado no banco de dados da empresa durante todo o processo — desde sua criação até o acesso do consumidor final ao evento. A BTIX pode rastrear quantas vezes e por quais valores um ingresso foi revendido, além de poder detectar seu portador final.
“Isso evita fraudes, venda com valores abusivos e o risco de o comprador ser enganado e não conseguir entrar no evento por ter comprado um tíquete falso”, explica Guilherme Flarys, um dos fundadores da empresa.
Flarys pretende estrear o primeiro produto com tecnologia web 3.0 — isto é, baseada em uma arquitetura descentralizada com blockchain — ainda este mês com o Red Room, um festival de música eletrônica que ocorrerá em 21 de julho em Belo Horizonte, MG, e busca ampliar seu modelo de negócios para todas as entradas de eventos.
A BTIX comenta sobre o Red Room Club, um programa de benefícios que inclui um “cartão de fidelidade” exclusivo para os fãs do evento. O clube utilizará a tecnologia web 3.0 para que os consumidores tenham acesso seguro a descontos e benefícios em experiências únicas “antes, durante e depois dos eventos”, segundo a empresa.
“O sistema desenvolvido pela BTIX possibilita uma interação muito fácil com nosso público”, comenta Matheus Ferreira, um dos organizadores da Red Room. “Esperamos criar um melhor relacionamento com nosso público, premiando nossos frequentadores mais leais e disseminando nossa marca para novos frequentadores.”
Além dos benefícios para os consumidores, os organizadores de eventos serão capazes de oferecer vantagens para seus clientes mais fiéis, além de terem um sistema de controle mais eficiente para rastrear as vendas oficiais de ingressos em plataformas parceiras.
A venda de ingressos para os shows da cantora norte-americana Taylor Swift, que ocorrerão em no mês de novembro, ficou marcada pela ação de cambistas — pessoas que compram grandes volumes de ingressos para revenda irregular com preços superiores.
Apesar da tentativa de contenção da polícia nos pontos de vendas físicas, análises indicam que os cambistas tentaram revender ingressos para o show de Taylor Swift por até R$ 36 mil, à luz de uma demanda elevada pela “The Eras Tour”, a turnê mundial que trará a cantora ao Brasil em cinco shows que ocorrerão entre 18 e 26 de novembro.
Comentários