O Drex, versão digital do real, terá a capacidade de reverter por completo todas as transações ligadas a fraudes ou a outros tipos de crimes. A informação foi divulgada nesta semana pelo chefe-adjunto do departamento de TI do Banco Central do Brasil, Aristides Cavalcante.

De acordo com o BC, a reversão será possível enquanto o dinheiro roubado ainda estiver em seu formato digital, ou seja, ainda transitando dentro da plataforma do Drex, que vai ter como base a tecnologia de blockchain usada em moedas digitais.

Ainda conforme o chefe-adjunto do departamento de TI do BC, apenas mediante uma ordem judicial, os bancos vão poder reverter a transação após ela ter sido considerada fraudulenta, como em casos de ataque hacker ou de roubo, por exemplo.

"O caminho feito, mesmo que por meio de 10, 15 contas diferentes, poderá ter uma reversão até que ela possa voltar a uma conta original. É semelhante com o que acontece com o Pix hoje, que já conta com mecanismos para reversão de transações, explicou Aristides.

Vale destacar que a reversão não poderá acontecer se o dinheiro for convertido em real físico. Portanto, o estorno ainda vai depender da velocidade dos criminosos, das autoridades e das vítimas. Contudo, o sistema poderá aumentar os volumes resgatados.

O BC também destacou que a plataforma do Drex permitirá um rastreamento completo de transações e transferências, mas apenas em casos de crimes ou a partir de ordens judiciais, como já ocorre no sistema bancário tradicional.

Lembrando que o Drex está passando por testes pelo BC e também por algumas instituições financeiras. O período de avaliação tem a previsão de conclusão até o final de 2024, mesmo ano em que o sistema deve ser lançado para todos os brasileiros.

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