Os usuários fizeram o download de 600 milhões de malware por meio da Google Play Store em 2023. Pelo menos, é o que indica um relatório recente do Kaspersky sobre o assunto, mostrando até mesmo alguns dos métodos utilizados para disseminar esse tipo de ameaça nos celulares.

Para começar, existe o iRecorder, que deveria ser um simples aplicativo de gravação de tela e parece inofensivo. Entretanto, ele foi usado para a distribuição de malware para milhares de usuários, chegando a gravar o áudio dos microfones das pessoas a cada 15 minutos e enviando aos servidores dos desenvolvedores.

Inclusive, o aplicativo citado segue um padrão: primeiro ele começa como um programa realmente inofensivo para estabelecer uma base com vários usuários ativos. Depois, atualizações são implementadas de forma discreta para adicionar funcionalidades maliciosas.

A variedade de funções prejudiciais aos smartphones inclui até mesmo um gasto excessivo de bateria com anúncios ocultos, bem como o roubo de dados dos usuários dos dispositivos. Este ano também houve a disseminação de adware, aquelas propagandas que prometem pagamentos ou são exibidas quando o aparelho está ocioso.

Outro adware problemático é o Goldoson, que abre páginas em segundo plano para exibir anúncios e coletar dados. Ele foi encontrado em 60 apps, acumulando um total de 100 milhões de downloads. Esse e outros exemplos podem colaborar para que a loja do Google comece a reavaliar suas análises de segurança.

Com isso, será possível evitar situações como a do app espião que vinha sendo usado para espalhar malware no Android e resolver o problema da técnica que oculta malwares em arquivos APK.