
Software 12 Set
Em julho deste ano, o Windows foi afetado por um bug que causou um "apagão cibernético" em diversos PCs com o sistema operacional ao redor do mundo. Na ocasião, descobriu-se que o bug foi causado por uma atualização no CrowdStrike, o antivírus corporativo da empresa.
Esta semana, a gigante de Redmond anunciou planos de mudanças no Windows que irão ajudar o CrowdStrike e outros desenvolvedores de softwares de segurança a operar fora do kernel do Windows, o que deve ajudar a mitigar que situações como a que aconteceu em julho se repitam.
O acesso ao kernel do Windows se tornou um assunto delicado desde que a catástrofe do CrowdStrike derrubou 8,5 milhões de PCs e servidores com Windows. O software CrowdStrike é executado no nível do kernel do Windows (o núcleo do sistema operacional que tem acesso irrestrito à memória e ao hardware do sistema). Isso fez com que uma atualização com erros gerasse uma Tela Azul da Morte assim que os sistemas afetados foram iniciados.
Depois do ocorrido, a Microsoft pediu mudanças no Windows para melhorar a consistência do sistema e deu dicas sobre como retirar os fornecedores de segurança do kernel do Windows para evitar que isso acontecesse novamente. O problema é que a empresa tem estado sob pressão, tanto por parte de parceiros como de reguladores, para não agir unilateralmente ao fazer essa mudança.
A Microsoft afirma que agora “discutiu os requisitos e os principais desafios na criação de uma nova plataforma que possa atender às necessidades dos fornecedores de segurança” com parceiros como CrowdStrike, Broadcom, Sophos e Trend Micro.
Tanto nossos clientes quanto parceiros do ecossistema pediram que a Microsoft fornecesse recursos de segurança adicionais fora do modo kernel que, juntamente com práticas de implantação seguras, possam ser usados para criar soluções de segurança altamente disponíveis.
David Weston, vice-presidente de segurança corporativa e de sistema operacional da Microsoft.
A Microsoft discutiu as necessidades de desempenho e os desafios para os fornecedores de segurança operarem fora do modo kernel, juntamente com a necessidade de proteção anti-adulteração para produtos de segurança e requisitos de sensores de segurança. “Como próximo passo, a Microsoft continuará a projetar e desenvolver esta nova capacidade de plataforma com contribuições e colaboração de parceiros do ecossistema para atingir a meta de maior confiabilidade sem sacrificar a segurança”, afirma Weston.
Embora a Microsoft não esteja dizendo diretamente que fechará o acesso ao kernel do Windows, está claramente nos estágios iniciais do design de uma plataforma de segurança que pode eventualmente tirar o CrowdStrike e outros do kernel.
Por enquanto, nos resta esperar para descobrir como essa situação irá se desdobrar e se a solução proposta pela Microsoft será aprovada pelos desenvolvedores e reguladores.
Celular mais rápido! Ranking TudoCelular com gráficos de todos os testes de desempenho
Celular com a melhor bateria! Ranking TudoCelular com todos os testes de autonomia
Nada de Black Fraude! Ferramenta do TudoCelular desvenda ofertas falsas
Microsoft destaca novos recursos na build 26100.1876 do Windows 11 24H2
Comentários