A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) emitiu nota onde informa que vai intimar a Enel para apresentar justificativas para o novo apagão em São Paulo.

Além disso, a agência reguladora disse que vai exigir a "adequação" do serviço, sendo que tudo será analisado pela sua diretoria colegiada.

Caso a empresa não apresente uma "solução satisfatória e imediata", a Aneel vai instaurar um processo de caducidade da concessão junto ao Ministério de Minas e Energia.

A Aneel também informou que está fazendo a fiscalização presencialmente em São Paulo, verificando as ocorrências e ainda garantiu que "medidas firmes serão adotadas pela agência nesse processo".

Ao todo, 2,6 milhões de consumidores ficaram sem energia após o temporal ocorrido entre a noite da sexta-feira (11) e o início do sábado (12). A Aneel diz que 2,1 milhões de clientes estão na área de concessão da Enel-SP, sendo que há diversos relatos de clientes ainda sem luz.

Já o Ministério de Minas e Energia subiu o tom contra a Enel e a própria Aneel.

Mostrando novamente falta de compromisso com a população, a agência reguladora não deu qualquer andamento ao processo que poderia levar à caducidade da distribuidora, requerido há um ano pelo Ministério, o que deve ensejar a apuração da atuação da Aneel junto aos órgãos de controle.

Enel responde

Em coletiva realizada no sábado, a Enel disse que acionou um plano de emergência e tem 800 equipes nas ruas, com 2,5 mil técnicos sendo mobilizados.

Além disso, a empresa afirma que forneceu 500 geradores para pontos críticos, enquanto há dois helicópteros percorrendo as linhas de alta tensão para localizar problemas em áreas de difícil acesso.

Contudo, a empresa diz que não há prazo para restabelecimento total da energia.