30 Janeiro 2018
A ideia de que a tecnologia de carros autônomos pode se tornar parte do nosso cotidiano num futuro próximo deixa muita gente empolgada, mas segundo estudos recentes, a novidade pode trazer efeitos colaterais desagradáveis. Segundo pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, cerca de metade das pessoas que testaram a tecnologia sentiram enjoos durante as viagens.
Pensando nisso, a própria instituição resolveu sair em busca de uma solução prática para o que pode vir a se tornar um problema nos próximos anos e patenteou uma tecnologia que promete combater os sintomas de mal-estar dos passageiros dos veículos sem motoristas. A proposta tem a forma de um par de óculos, que utiliza pequenos emissores de luz localizados nas hastes do acessório e imitam o movimento do carro autônomo no campo de visão periférica do usuário. Desta forma, os óculos conseguiriam evitar que houvesse uma discrepância entre a visão do passageiro e seu movimento percebido durante o trajeto.
O Uber recentemente também deu entrada em uma patente de tecnologia com o mesmo propósito dos óculos da Universidade de Michigan. Porém, no caso da empresa, sua tecnologia seria implementada dentro dos automóveis, eliminando a necessidade de os passageiros utilizarem qualquer tipo de acessório.
De qualquer forma, não é certo que as patentes sejam postas em prática, mas demonstram uma preocupação geral com este aspecto dos veículos autônomos. Com modelos que se distanciam dos padrões atuais e podem ter disposições de bancos pouco comuns, com passageiros sentados de costas para as laterais dos veículos ou de costas para a parte da frente dos carros, por exemplo, este tipo de intervenção poderá realmente se fazer necessária.
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