O uso do bafômetro em ações de trânsito no Brasil e no mundo visa evitar que motoristas embriagados coloquem as próprias vidas e as de outros em risco. Ele permite que autoridades verifiquem os níveis de álcool no organismo, e caso doses acima do permitido sejam encontradas, o condutor é impedido de prosseguir com a sua viagem.

Porém, os Estados Unidos estão prestes a dar um novo passo nesse sentido: uma equipe de pesquisadores do Departamento de Química e da Escola de Engenharia Swanson, em Pittsburgh, trabalham em um protótipo de bafômetro capaz de detectar tetrahidrocanabinol (THC).

Ou seja, a pesquisa está avançando no sentido de tornar viável, para o futuro, um aparelho capaz de detectar o uso de maconha. A quantidade do composto psicoativo no ar alveolar é medida por nanotubos de carbono capazes de se ligarem a molécula do THC. Isso altera a corrente elétrica dessa cadeia, e então, a partir dessas pausas energéticas, o sistema retorna os níveis da substância, ou sua ausência.

Os pesquisadores contam ao periódico ACS Sensors, que trouxe esse estudo, que o aprendizado de máquina é importante para o funcionamento do algoritmo.

Testes em laboratório trouxeram resultados animadores para um futuro uso do dispositivo em ambientes externos. Os envolvidos no projeto ressaltam que assim como o atual bafômetro, o futuro dispositivo, se chegar a ver a luz do dia, seguirá ajudando a salvar vidas no trânsito. E em um país em que o uso da maconha não é apenas comum, como legalizado em algumas regiões.

Nos Estados Unidos alguns estados permitem o uso recreativo do psicoativo. Porém, por alterar o sistema nervoso, maconha e direção não combinam. Com o vislumbramento de um dispositivo capaz de detectar os níveis de consumo em motoristas, as autoridades poderão contar com um novo aliado em seus trabalhos.

Vale lembrar, também nos Estados Unidos um passageiro da Uber teve sua conta desativada após a denúncia de um motorista por notar que ele portava uma quantidade da substância. As regras de uso variam de acordo com os estados da América do Norte, e por isso situações assim podem ocorrer por lá...

E você, o que acha desse tipo de tecnologia que poderá ser empregada pelas autoridades no futuro? Conte para a gente nos comentários!