
30 Setembro 2021
28 de setembro de 2021 0
Na semana passada, chegou ao mercado o aguardado Kena: Bridge of Spirit, um jogo indie que foi anunciado em conjunto com a revelação oficial do PS5. Logo de cara, muitos notaram que o título parecia carregar a essência de Zelda: Breath of the Wild e que tinha grande potencial para ser um dos maiores lançamentos do ano.
Felizmente, as expectativas estavam corretas e o jogo se mostrou muito atraente, mas será que o estúdio Ember Lab conseguiu acertar em tudo? Se você quer saber se o investimento vale à pena, acompanhe nossa análise, que como sempre, é sem spoilers!
Por incrível que pareça, Kena: Bridge of Spirits é o primeiro jogo do Ember Lab, um estúdio pequeno, com cerca de 15 funcionários, que foi fundado em 2009.
Diferente de outros jogos que ganham a grande mídia, esse é um título independente que não conta com um orçamento astronômico, mas o resultado final é espantoso, ainda mais quando nos lembramos desses fatores adversos. Geralmente, jogos indies são vistos como produções mais simples, mas temos aqui um indie que sonha em ser um AAA e consegue.
Fica até difícil julgá-lo como um indie em alguns momentos, dado o nível da produção e o resultado obtido.
Kena, nossa protagonista, é uma guia espiritual incumbida de viajar para um templo na montanha, enquanto precisa purificar os arredores do templo, que está sendo corrompido por um espírito maligno.
A história do jogo é realmente o ponto forte da produção e o trabalho feito pelos roteiristas da Ember Lab é absurdo. Todos os personagens se mostram extremamente cativantes, com histórias de fundo envolventes e interessantes. É incrível como conseguimos sentir em alguns momentos a dor e o trauma vividos por eles, ainda mais se você já passou pelo processo do luto em algum momento.
Não quero parecer fúnebre, mas o jogo realmente aborda a espiritualidade e a jornada pós-vida de maneira magnífica, fazendo com que nossas emoções floresçam à medida que vamos avançando na trama e conhecendo novos personagens.
Por ser um jogo indie, fica claro que o estúdio teve limitações orçamentárias que os impediu de serem mais ambiciosos no projeto.
Os combates são bem simples e não trazem nenhuma mecânica extremamente inovadora. Em conjunto com as criaturas conhecidas como Rot, Kena consegue derrotar seus inimigos e ir purificando o vilarejo, o que realmente pode ter um potencial absurdo para uma sequência com mais dinheiro.
Infelizmente, uma das mecânicas criadas pelo jogo, onde os Rot se unem para criar uma espécie de poça purificadora, acaba não funcionando muito bem, com controles pouco fluídos e um jogo de câmera desfavorável, mas não se preocupe, isso é apenas um detalhe negativo em um jogo bem polido.
Outra limitação bem clara do orçamento é o tamanho do mapa e das missões, já que temos apenas três atos e um mapa não muito grande, o que significa que o jogo é relativamente curto. Apesar disso, temos muitas missões secundárias, minigames e colecionáveis, que preenchem essa lacuna muito bem.
Como muitos notaram, o jogo carrega de fato algumas semelhanças com Zelda: Breath of the Wild, mas ele consegue ser único à sua maneira e tem uma qualidade artística de cair o queixo.
O universo criado pela Ember Lab é crível, envolvente e é espetacular ver os locais corrompidos sendo purificados, é realmente mágico.
Em muitos momentos, tive a sensação de estar vendo uma animação da Disney em forma de jogo e esse é um elogio reservado para poucos. O trabalho do estúdio é digno de aplausos e mesmo com alguns errinhos pequenos, o jogo deixa muitos concorrentes comendo poeira.
Quem também se destaca muito é a trilha sonora. A equipe de desenvolvimento teve um cuidado absurdo em sonorizar cada momento do jogo, inclusive, as trilhas se alternam conforme você se aproxima de uma ameaça ou quando está entrando em um cenário corrompido, o que aumenta demais a imersão e a atmosfera do jogo.
Remetendo a filmes animados da Pixar e DreamWorks, a trilha é um verdadeiro deleite e torna a experiência ainda mais prazerosa.
Considerando que esse é o primeiro jogo da Ember Lab e que não estamos falando de um projeto com grande orçamento, Kena: Bridge of Spirits é excelente e tem um potencial absurdo para ficar maior em uma sequência.
É incrível ver como uma equipe pequena consegue fazer um trabalho desse nível, enquanto muitos estúdios gigantescos e consagrados da indústria dos games estão entregando projetos com qualidade duvidosa e datados (Nintendo, não leia isto).
Kena vem como uma surpresa perfeita para 2021 e certamente carrega muito mais potencial do que aparenta. Se você não estava atento ao jogo, ou achava que o investimento não era válido, é melhor mudar de ideia.
Apesar do combate ser pouco variado, as mecânicas funcionam e se mostram bem competentes.
Considerando a proposta artística e o nível da produção, pouquíssimos erros podem ser notados.
Contando com subtramas extremamente envolventes e emocionantes, a história certamente é o ponto alto.
Em conjunto com a história, temos aqui um ponto que melhora demais o jogo.
O uso leve do Dualsense, alguns erros na legenda, falta de dublagem e combate repetitivo acabam tirando um pouco do brilho do jogo.
Mesmo sendo um indie, o jogo mostra um potencial absurdo e o trabalho da Ember Lab é digno de aplausos.
Kena: Bridge of Spirits está disponível no PS4, PS5 e PC via Epic Games Store.
Gostaríamos de agradecer a Ember Lab e a FSB Comunicação pela cópia do jogo.
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