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Uncharted: Legacy of Thieves Collection: esse é o jeito certo de voltar à franquia? Análise / Review

26 de janeiro de 2022 0

No próximo dia 28 de janeiro, chega ao PS5 e pela primeira vez no PC, a coletânea remasterizada Uncharted: Legacy of Thieves Collection, que traz versões melhoradas do aclamado Uncharted 4: A Thief's End e seu derivado Uncharted: The Lost Legacy.

Seguindo a tendência das versões de diretor para Ghost of Tsushima e Death Stranding, a coletânea é mais um pretexto para lançar alguns exclusivos do PlayStation no PC, mas será que ele cumpre bem seu papel e consegue apresentar bem a franquia para os jogadores dessa nova plataforma? Além disso, vale a pena o investimento no PS5, mesmo para quem possui os jogos no PS4?

A resposta para essas e outras perguntas você confere na nossa análise.

O conceito de Uncharted

Como um jogador e fã do PlayStation desde sua primeira geração, pude acompanhar muitas das franquias exclusivas da plataforma e crescer com elas. Tendo jogos de ação e aventura como meus favoritos, a franquia Tomb Raider sempre me cativou e adorava passar horas explorando as cavernas perigosas com Lara, em busca de artefatos valiosos e enfrentando animais selvagens perigosos.

Com isso em mente, quando finalmente tive a chance de conhecer a franquia Uncharted, a paixão foi instantânea. Nathan Drake, com seu jeito canastrão, era nada menos que uma versão masculina de Lara, onde tínhamos um caçador de tesouros que se arriscava extremamente em busca de relíquias e riquezas, mas que no meio de suas jornadas, também conseguia se mostrar um personagem muito cativante e cercado de coadjuvantes igualmente carismáticos e marcantes.

Como era de se esperar, as aventuras de Nathan foram evoluindo no decorrer das sequências de seus jogos, mas sempre mantendo uma qualidade narrativa, gráfica e de jogabilidade impecáveis, um padrão estabelecido pelo Naughty Dog e que viria a se tornar marca registrada do estúdio.

Do primeiro ao quarto jogo, pude viver momentos memoráveis com a franquia e me lembro de ficar extremamente viciado nos títulos, jogando por horas a fio e ficando deslumbrado com os momentos cinematográficos em que você deve escalar um trem descarrilhado, explorar um cemitério de navios ou até mesmo sobreviver em um deserto após cair de um avião! Só por esses trechos já dá pra notar que temos muitos momentos marcantes, mas Uncharted é muito mais do que isso.

Vou conseguir me afeiçoar com apenas um jogo?

Embora Uncharted 4: A Thief's End funcione muito bem como um jogo solo, é impossível falar que muitos momentos do jogo não exigem a bagagem dos anteriores, isso inclusive seria uma blasfêmia, ainda mais com dois personagens centrais da trama, Elena e Sully, sendo tão presentes na jornada de Nathan e na construção do personagem.

Logo de cara, fica claro que Uncharted 4 é um jogo de legado, não só da franquia, como também da própria Naughty Dog. O estúdio cria uma metalinguagem onde devemos fazer com que Nate jogue uma partida de Crash Bandicoot no PS1 de Elena! Oras, se isso não é uma homenagem para os fãs e para eles mesmos, qual o propósito então?

Considerando esse clima nostálgico e essa urgência em apelar para o emocional dos fãs, muitos dos ápices narrativos do quarto jogo acabarão se perdendo para aqueles que não acompanharam a jornada de Nathan e seus amigos desde o princípio. A falta de contexto, principalmente do terceiro jogo, em que conhecemos mais a fundo o relacionamento quase patriarcal entre Nathan e Victor Sullivan, o Sully, faz com que alguns trechos possam parecer vazios e pouco impactantes.

O próprio relacionamento amoroso entre Nathan e Elena foi construído desde o primeiro jogo da saga e ambos tiveram que passar por poucas e boas até chegarem onde estão no quarto jogo, mas engatar as coisas já daquele ponto parece um tanto quanto vazio e até mesmo conveniente demais, já que muitos dos jogadores não terão a chance de acompanhar a construção desse romance tão conturbado.


Se deixarmos de lado esse saudosismo, ainda será possível aproveitar e muito o quarto jogo, afinal, como dito anteriormente, ele funciona sozinho, mas ainda é uma experiência incompleta.

Tudo fica ainda mais confuso quando jogamos o derivado Uncharted: The Lost Legacy, que serve como uma continuação para o quarto jogo e resgata outra personagem importante dos títulos anteriores: Chloe Frazer.

Apresentada no segundo jogo da saga, Chloe é tida como uma versão mais sombria de Nathan, tendo ajudado nosso ladrão favorito a sair de muitas enrascadas e se tornando uma boa aliada dele. Considerando esse histórico da personagem, ela se torna a protagonista do jogo derivado, tendo como coadjuvantes a personagem Nadine Ross, uma das vilãs de Uncharted 4, e Samuel Drake, irmão de Nathan.

Embora o derivado desenvolva mais Chloe e seu passado, ainda tenho a impressão de que muitos não darão o valor merecido à personagem por não saberem do contexto dela na franquia, o que é uma pena.

Uma remasterização impressionante?

Ainda vimos pouco do real poder do PS5, principalmente por conta do adiamento de títulos como Horizon: Forbidden West e God of War Ragnarok, no entanto, já podemos ver muitas diferenças em relação aos gráficos da geração anterior, além é claro das mudanças de jogabilidade trazidas pelo DualSense, controle do console.

Embora a Uncharted: Legacy of Thieves Collection traga algumas melhorias importantes, como a resolução em 4K e taxas de quadros maiores, fica difícil dizer que temos uma melhoria colossal na qualidade de imagem, já que esses eram jogos muito bonitos desde que foram lançados no PS4 e eu culpo a Naughty Dog por isso.

O lado ruim do estúdio conseguir extrair ao máximo a potência dos consoles da Sony é que fica difícil enxergar grandes mudanças em eventuais remasterizações e isso pode ser dito desde o primeiro The Last of Us.

Uncharted 4: A Thief's End, no PS4, era um jogo que te deixava deslumbrado em diversos momentos e isso já podia ser notado desde os trailers, onde fomos apresentados àquela cena de perseguição com carro estupenda, digna de filmes do Tom Cruise.

Embora alguns modelos e cenários estejam mais polidos, não posso dizer que tive uma experiência surreal em relação aos jogos originais.

O mesmo vale para o DualSense, que é usado com parcimônia (até demais), servindo mais para algumas leves vibrações e os gatilhos mais pesados ao atirar ou dirigir, mas nada que se compare ao real pode do controle. Eu já falei isso em reviews anteriores, mas até o momento, Astro's PlayRoom segue como o jogo definitivo do PS5 e o que utiliza melhor as funções do DualSense, com isso, ele serve de parâmetro para todos os jogos que usam o recurso e nenhum outro o fez tão bem até o momento.

Em suma, se você já tem os jogos no PS4, não há motivo exorbitante para adquiri-los no PS5, a menos que você seja um colecionador que não deixa passar nada.

E a jogabilidade?

Se em termos narrativos e visuais, os jogos de Uncharted: Legacy of Thieves Collection são muito bons, a jogabilidade não fica atrás.

Como eu disse, os jogos de Uncharted se parecem e muito com os de Tomb Raider e isso fica claro através das escaladas, mergulhos, tiroteios, esquivas e tudo o mais. A grande diferença é que tudo parece muito mais intenso e frenético e o ar cinematográfico á transmitido a todo o momento, fazendo com que você realmente se sinta um protagonista de filmes de ação.

No quarto jogo, a grande novidade foi o arpéu, que permite Drake chegar em locais mais altos com maior facilidade, além de também criar novas possibilidades em combate. A novidade certamente agregou muito ao título e se mostrou extremamente divertida e útil, ainda mais quando você se vê preso em um local cercado por inimigos.

Mesmo para os novatos, o combate é convidativo e muito divertido, sendo inclusive uma ótima experiência para aqueles que não são muito fãs de jogos de FPS.

A variedade de cenários e as situações vividas pelos personagens fazem com que o jogo acabe não sendo repetitivo, mesmo com os inimigos variando pouco em relação aos seus armamentos. É claro, você também terá de bolar uma boa estratégia, optando por uma abordagem mais furtiva ou se tornando o centro das atenções e disparando tiros para tudo que é lado, mas caso escolha a segunda opção, é melhor se preparar, pois os inimigos são implacáveis.

Mesmo nos trechos scriptados, os jogos são extremamente divertidos e tudo te deixa extasiado. É claro, ele é bem mais teatral que The Last of Us, mas ainda assim as franquias partilham de algumas semelhanças, o que é ótimo.

Galeria de imagens

Vale a pena embarcar nessa jornada?

Diferentemente das versões de diretor do Ghost of Tsushima e Death Stranding, a Uncharted: Legacy of Thieves Collection não traz nenhum conteúdo inédito, exceto pelas melhorias gráficas e uso do DualSense, sendo assim, aqueles que já possuem os jogos originais podem não encontrar muito sentido em investir nela. E eles estão certos.

O mais triste de tudo é que a Sony, mais uma vez, removeu os jogos individuais de sua loja, que já estavam com preços promocionais, fazendo com que os jogadores do PS4 sejam obrigados a adquirir a versão que compila dois jogos em um, caso queiram conhecer o título pela primeira vez.

Embora os jogadores do PC devam estar felizes de finalmente poder jogar um dos títulos mais aclamados do PlayStation, devo dizer que essa talvez não tenha sido a melhor abordagem. Diferentemente do God of War de 2018, que reinventa a franquia e se difere bastante da trilogia original, Uncharted 4 é uma continuação direta dos anteriores e segue uma linha narrativa que merecia ser respeitada, sendo assim, o mais sensato por parte da Sony seria o lançamento de remakes ou remasterizações da trilogia original para o PC e PS5, antes do lançamento do quarto jogo e derivado.

Independentemente das controvérsias, ainda estamos falando de dois jogos muito atraentes e que merecem estar nas coleções daqueles que amam o gênero de ação e aventura. Se esse é apenas o pontapé inicial para atrair novos fãs para a franquia e um indício de que a Sony deve lançar novas sequências ou remakes no futuro, eu só posso dizer que estamos prontos.

Personagens cativantesMomentos emocionantesJogabilidade divertidíssimaTexturas melhoradasDublagem impecável
Pouca evolução gráfica em relação aos originaisUso modesto do DualSenseA falta da franquia completa para contexto narrativo
Jogabilidade

Apesar dos inimigos serem repetitivos, as muitas mudanças de cenários e os arcos narrativos dos personagens compensam isso.

Gráficos

A remasterização faz com que os jogos incluídos em Uncharted: Legacy of Thieves Collection fiquem "perdidos" em um limbo entre bonito demais para a geração passada e não tão polido para a geração atual.

História

O fato de muito do histórico ser perdido pela falta dos jogos anteriores acaba tirando o brilho de alguns dos ápices da história.

Trilha Sonora

A trilha sonora da franquia sempre foi bem marcante e isso não é diferente em Uncharted 4 e Lost Legacy.

Imersão

O uso modesto do DualSense faz com que o investimento na coletânea não seja muito necessário.

Nota Total

Uncharted 4 e Lost Legacy já eram jogos excelentes no PS4, mas o lançamento no PC acabou trazendo uma remasterização pouco expressiva para o PS5 e que deixa de lado um legado icônico.

Ofertas

*Gostaríamos de agradecer à PlayStation Brasil e a FSB Comunicação por terem nos cedido uma cópia do jogo para esta análise.


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