A Índia se tornou na última quarta-feira (23) o primeiro país a conseguir pousar uma sonda no polo sul da Lua, local conhecido como a parte escura do satélite terrestre. A missão foi transmitida nos canais oficiais do país asiático demonstrando os avanços dos cientistas e engenheiros indianos no segmento da astronomia.

O presidente da Indian Space Research Organisation (ISRO), Sreedhara Panicker Somanath, comemorou o feito dizendo que "Conseguimos um pouso suave na Lua, a Índia está na Lua". A sonda foi enviada pelo país em 14 de julho e concluiu a aterrissagem bem-sucedida em solo lunar por volta das 9h33 de quarta-feira, no horário de Brasília.

A Índia e Rússia estavam em uma "corrida espacial" para ver qual seria o país a pousar um módulo com sucesso no lado escuro da Lua. A sonda lançada por Moscou através da missão Luna-25 saiu de controle e se chocou contra a Lua, enquanto a missão indiana conseguiu seguir o que foi previsto pelos cientistas e realizar o pouso.

Além da Rússia, a China também não obteve êxito ao enviar um módulo para o lado escuro da Lua, pois a comunicação com o equipamento foi perdida minutos antes do pouso. De acordo com os astrônomos, a região do polo sul da Lua é traiçoeira por possuir grandes crateras, encostas íngremes e temperaturas que podem chegar a -203 °C.

"Ainda precisamos de muito mais detalhes sobre onde e quanta água existe, e saber se toda ela está congelada", explica Akash Sinha, professor de robótica espacial na Universidade Shiv Nadar University, perto de Delhi, à BBC.

Tanto a Índia quanto outros países devem continuar investindo em sondas, satélites e outros equipamentos que devem explorar a região pouco conhecida do satélite natural. O trunfo da missão Chandrayaan-3, da Índia, destaca o empenho do governo e pesquisadores em obter mais informações sobre o polo sul lunar.

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