Google 27 Nov
Os usuários que usam extensões que bloqueiam anúncios no Chrome têm uma má notícia para o próximo ano. Isso porque o navegador deve limitar mais ainda o funcionamento dessas ferramentas ao longo de 2024 com a adoção do novo formato Manifest V3.
Inicialmente, o projeto foi lançado em 2021 e noticiamos aqui no segundo semestre do ano passado que ele seria implementado no browser. Entretanto, a companhia acabou voltando atrás por um momento, após diversas reclamações por parte das pessoas que usam o programa.
Esse "hiato", portanto, parece ter chegado ao fim e o Google deve retomar o formato no próximo ano, assim como irá descontinuar o atual Manifest V2 a partir de junho de 2024. Dessa forma, todas as extensões que forem compatíveis com ele não estarão mais disponíveis na Web Store para instalação.
O anúncio dessa retomada ocorreu há alguns dias e mostra uma postura mais agressiva do Google contra o funcionamento dos adblocks. Mesmo assim, a empresa diz que os usuários corporativos terão um ano extra de compatibilidade para que tenham tempo de buscar algumas alternativas dos apps compatíveis com o Manifest V2.
Quanto aos desenvolvedores, eles devem migrar os seus projetos para o Manifest V3 antes de junho do próximo ano. Segundo a companhia, a mudança entre os formatos irá durar em torno de um mês nos navegadores com versões pré-estáveis. Esse tempo será usado para testar o Manifest V3.
Como isso afeta os bloqueadores de anúncio?
O Manifest V2 trabalha com um limite de regras de filtragem para as extensões. O novo formato, enfim, terá um limite de 30 mil regras, o que é muito inferior às 300 mil regras que o uBlock Origin opera, por exemplo. Esse quesito é essencial porque ele afeta diretamente a eficiência do adblock.
E quanto aos demais navegadores?
O Mozilla Firefox é outro navegador que irá adotar esse formato, mas não pretende impor limites de filtragem para as suas extensões. Do mesmo modo, o Brave é um navegador que bloqueia anúncios por padrão e usa a mesma base do Chromium que o Chrome. Mas, a empresa afirmou que as funções são implementadas no próprio browser e ele deve continuar bloqueando propagandas.
Comentários