
Tech 18 Nov
Lançado em 2022 para o PlayStation 4, PlayStation 5 e PC, Stray chegou com uma proposta simples, mas diferente: colocar o jogador no papel de um gato em um mundo futurista dominado por robôs.
Curiosamente, a abordagem única conquistou o coração de muitos por oferecer algo diferente da maioria dos jogos. O sucesso foi tão grande que o título conquistou a maior avaliação do Steam em 2022 e superou o blockbuster God of War.
Após chegar ao Xbox One e Xbox Series X|S no ano passado, Stray chega também ao Switch. Será que a aventura do gato consegue manter o seu charme no portátil da Nintendo? Confira em nossa análise!
Algo que precisa ficar claro é o fato de Stray colocar o jogador no papel de um gato de verdade, não estamos falando de um animal que fala, tem poderes ou traços humanoides como em outros jogos. Apesar de ser algo curioso, essa limitação é bem explorada até no ponto narrativo.
Após um acidente, um gato de rua acaba separado de seu bando e descobre uma misteriosa cidade decadente com luzes neon e becos sombrios bem ao estilo de Night City do game Cyberpunk 2077, mas dominada por robôs.
Nesta aventura, o felino encontra o drone voador B-12 e faz amizade. A partir daí, a dupla precisará encontrar uma forma de sair desta cidade esquecida enquanto desvenda um mistério ancestral. Neste meio tempo, o gato tenta voltar ao seu bando.
Como o gato não fala, a forma de conhecer o mundo e entender a sua história é justamente o drone B-12, que interage com os personagens robóticos. Ele também representa papel importante na gameplay, mas falaremos disso em outra seção do texto.
A narrativa é contada através dos fragmentos de memória de B-12, que precisam ser localizados na cidade. Enquanto você passará obrigatoriamente por alguns durante a história, outros irão exigir alguns desvios do caminho principal. Ao juntar todos, você entenderá porque o mundo está repleto de robôs e a razão da ausência de humanos.
A trama de Stray é cativante e até intrigante, mas não é longa. Caso você apenas queira terminar o título sem explorar muito, é possível ver os créditos por volta de 5 horas, mas para descobrir todos os segredos, o jogador precisará de 2 a 3 horas extras.
No final, o tempo total é bem curto em comparação e o fator replay é pequeno, o que faz Stray o tipo do jogo que você irá terminar uma vez e nunca mais voltar a ele.
Como dito anteriormente, Stray coloca o jogador no papel de um gato “realista” e não uma figura humanoide que manuseia armas, voa ou consegue pilotar veículos. Então, todas essas limitações são adaptas para a gameplay, mas há formas criativas de lidar com isso para trazer novas possibilidades ao game.
Stray não possui combate e como o protagonista é um gato, ele se limita a correr, miar, dormir, arranhar objetos e pular, tudo o que um felino faz na vida real. Apesar de haver exploração para saber aonde ir, o jogo é linear e dificilmente você irá se perder.
Inclusive, o game incentiva explorar a cidade e ver o quão alto o gato pode escalar, além de tomar cuidado com perigos e encontrar segredos ocultos pelos labirintos das vielas. O felino pode saltar quase tudo o que aparece em seu caminho. Inclusive, vasculhar o mapa permite descobrir alguns atalhos e itens úteis.
Na maior parte do tempo, você irá controlar o gato em seções de plataforma 3D para escalar locais bem altos que exigem paciência e observação do cenário. Entretanto, a tarefa não chega a ser desafiadora, já que o felino não pode cair.
Para deixar a jogabilidade um pouco mais complexa, o drone B-12 que acompanha o gato traz habilidades para ajudar a sua jornada, como uma lanterna para iluminar locais escuros e carregar o inventário. Sem o robô, o jogo se resumiria a correr e saltar plataformas.
Outro ponto que traz variedade são as seções de furtividade de Stray. Assim como outros elementos do jogo, não são complexos e apenas exigem que o gato passe longe das luzes dos robôs e não faça nenhum barulho. Em alguns momentos, a agilidade do felino faz toda a diferença e dão um ótimo toque de tensão, que ajuda a dar variedade ao gameplay.
Stray não é um jogo desafiador, principalmente por trazer muitos checkpoints. No geral, fugir dos Zurks apesar de ser um pouco tenso, exige apenas um pouco de observação para descobrir qual é o caminho certo para sobreviver.
O cenário traz alguns puzzles que precisam ser resolvidos para o jogador progredir, mas nada mirabolante. Geralmente, envolvem encontrar algum robô ou item, dentro do seu tempo. Como a exploração é divertida, torna-se uma tarefa agradável.
Por ser divido por capítulos, o jogo permite revisitar seções anteriores sem trazer consequências para o progresso atual. Isso é ótimo para aqueles que desejam completar o game em busca dos 100% e não desejam recomeçar o título para isso.
Quando lançado para PlayStation 5, PlayStation 4 e PC, os gráficos de Stray foram um de seus maiores destaques. Quando chegou ao Xbox Series X|S e Xbox One, o game recebeu os mesmos elogios. Então, muitos questionaram como seria esse aspecto na versão do Switch.
Afinal, portátil da Nintendo foi lançado em 2017 e tem poder inferior aos consoles da geração passada. Sendo justo, Stray não é um jogo feio para os padrões do Switch, mas fica bem atrás de suas outras versões.
O jogo continua bonito e agradável, mas caso você já o tenha jogado em outras plataformas, perceberá mais serrilhados, texturas menos nítidas e alguns pop-ins. Além disso, há momentos que o jogo fica abaixo dos 30 FPS, principalmente em partes mais agitadas. Apesar dos problemas, o port é bem decente.
A direção de arte de Stray é um ponto alto do jogo, que traz uma cidade com temática cyberpunk e ambientes claustrofóbicos. Enquanto há luzes neon, há o oposto das vielas escuras e sujeira, o que cria paisagens únicas. Esse aspecto, por mais que haja o downgrade gráfico, não foi perdido no Switch.
Na parte de trilha sonora, o game traz uma seleção de faixas que misturam lo-fi e synthwave, o que contribui para criar uma atmosfera única. Vale lembrar que o jogo possui tradução para o português brasileiro.
Stray continua uma experiência tão encantadora no Switch quanto em seu lançamento há dois anos. Entretanto, as limitações técnicas do portátil da Nintendo fazem essa ser a sua pior versão, mas isso não é culpa do estúdio que o produziu e sim do console.
Caso você não tenha outro videogame para jogá-lo, Stray vale o seu tempo por oferecer uma abordagem única, bem diferente dos outros jogos que encontramos por aí. A narrativa intrigante, a jogabilidade leve, a proposta ousada e ambientação envolvente são suficientes para superar os problemas de curta duração e o baixo fator replay.
Stray já está disponível para Nintendo Switch e pode ser adquirido na eShop por R$ 89,99.
O jogo entrega jogabilidade simples e criativa ao adaptar bem a ideia de controlar um gato.
A narrativa é contada de forma inteligente e intrigante através de seu parceiro, além de trazer revelações interessantes.
O jogo não consegue reproduzir os visuais das outras versões, mas a culpa é das limitações técnicas do Switch, que está bem defasado.
Há uma boa seleção de faixas que combinam com a temática Cyberpunk e contribuem para a ambientação.
O jogo entrega uma proposta interessante e engajante ao controlar um gato e uma cidade cyberpunk dominada por robôs.
Stray é uma experiência única e envolvente que chega ao Switch. Ele herda alguns problemas do original, como a curta duração, além de trazer os seus próprios, como no desempenho devido às limitações técnicas do Switch, mas ainda continua um jogo interessante.
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