O derretimento de gelo está ocorrendo de forma recorde na Groenlândia. A situação foi medida em missão realizada pela NASA com a Agência Espacial Europeia (ESA). No caso, satélites de ambas as entidades atuaram em conjunto para conseguir medir a profundidade de neve no local do espaço.

Isso fez com que fosse obtida uma precisão maior no rastreamento da espessura do gelo marinho e terrestre. Os equipamentos usam altímetros como sensor primário, mas utilizam tecnologias distintas para fazer a coleta das medições. Dessa forma, o uso combinado deles acabou contribuindo de forma positiva para mostrar como a camada de gelo do lugar está derretendo rapidamente.

A combinação dos satélites funcionou da seguinte forma: o modelo ICESat-2 (NASA), tem sistema de laser para coletar as medições, mas esse sistema não é capaz de ultrapassar a barreira criada pelas nuvens. Enquanto isso, CryoSat (ESA), usa um sistema de radar passam pelas nuvens, mas não pela camada de gelo.

Os resultados foram incluídos em um estudo, que foi publicado na revista Geophysical Research Letters. De acordo com o trabalho, o motivo desse rápido derretimento da camada de gelo se dá pelas mudanças climáticas. O efeito isso é o aumento global do nível do mar, impactando os padrões climáticos do mundo todo.

Em números, a redução nas camadas de gelo no centro-oeste da Groenlândia (Sermeq Kujalleq) foi de 67 m, enquanto Zachariae Isstrøm (nordeste) teve um derretimento de75 m. No total, o encolhimento foi de 2.347 quilômetros cúbicos no período do estudo.

Relembre também o estudo da NASA dos impactos da alteração do gelo no Ártico em 2021 e a missão anunciada para explorar cúpulas de Gruithuisen na Lua em 2028.