
Lançamentos 05 Fev
04 de março de 2025 0
Split Fiction, assim como It Takes Two, usa a ficção e a fantasia para abordar temas reais e complexos, mas desta vez, Josef Fares parece explorar toda sua criatividade e expertise para entregar um jogo denso, variado e cheio de referências a outros jogos, filmes e séries. Essa abordagem é algo raro na indústria, tornando a experiência ainda mais única.
O jogo transmite a sensação de um sonho dentro de um sonho, quase como A Origem, de Christopher Nolan. Com esse conceito, os jogadores são transportados para mundos fantásticos que refletem as personalidades e criações de cada protagonista, misturando ficção científica e fantasia de uma forma que só a Hazelight Studios poderia fazer.
O TudoCelular já jogou esta aventura e iremos te contar em nossa análise como foi nossa experiência.
A premissa de Split Fiction coloca os jogadores no papel de Mio Hudson e Zoe Foster, duas escritoras com estilos completamente opostos que se inscrevem em um experimento na Rader Publishing. A proposta da empresa é inovadora: uma máquina capaz de transformar ideias em simulações interativas. No entanto, ao se conectarem ao sistema, Mio e Zoe acabam ficando presas dentro dessas simulações, descobrindo que a empresa tem planos obscuros de roubar suas ideias.
A jornada das protagonistas é repleta de reviravoltas, e o jogo não apenas explora suas diferenças, mas também as forja como parceiras ao longo da narrativa. Como em It Takes Two, a história gira em torno da relação entre os personagens, mas dessa vez há uma escala maior, um tom mais maduro e um foco no autoconhecimento e na superação de desafios.
Mio e Zoe são personagens completamente opostas, tanto em personalidade quanto em suas criações literárias.
Essa dualidade permeia todo o jogo, tanto na narrativa quanto na jogabilidade, criando uma experiência dinâmica e imprevisível.
Logo de cara, os jogadores devem escolher qual papel assumir, e não pense que isso se reflete apenas na narrativa, pois cada personagem possui habilidade únicas dentro de jogo, o que faz com que a escolha seja um fator bem importante, além de motivar a rejogabilidade alternando os papeis.
Split Fiction se destaca por apresentar uma enorme variedade de mecânicas e desafios. Cada novo mundo explorado traz habilidades diferentes, exigindo que os jogadores se adaptem constantemente. Essa abordagem lembra Astro Bot, onde cada fase introduz novos conceitos que surpreendem e mantêm o jogo sempre dinâmico.
Como dito anteriormente, Mio e Zoe possuem habilidades distintas que se complementam, exigindo trabalho em equipe para superar desafios. Por exemplo, Mio pode manipular a gravidade para andar em paredes e tetos, enquanto Zoe pode usar um chicote para agarrar e arremessar objetos.
Os jogadores também assumem diferentes formas durante a aventura, como gorilas gigantes, cyber ninjas e até uma fada. Algumas habilidades exigem que os jogadores troquem de forma rapidamente para progredir, o que aumenta o dinamismo do jogo e a variedade de jogabilidade, resultando em muita diversão.
O jogo também se destaca pela variedade nos combates contra chefões, que rendem verdadeiros momentos cinematográficos. Aliás, é nessas batalhas que fica claro o fato de que Fares não trabalhou com nenhum limite além de sua própria imaginação e de suas referências.
Outro grande destaque de Split Fiction são as Side Stories, fases opcionais que representam ideias inacabadas de Mio e Zoe. Essas missões aparecem como portais misteriosos espalhados pelos mundos e oferecem desafios únicos, como por exemplo um mundo desértico que esconde tubarões de areia extremamente ameaçadores.
As Side Stories não apenas expandem a variedade de gameplay, mas também aprofundam a narrativa, revelando detalhes sobre o passado e a personalidade das protagonistas.
Apesar de não buscar o realismo absoluto, Split Fiction aposta em um estilo artístico muito marcante. A transição entre os cenários cyberpunk de Mio e os mundos encantados de Zoe é feita de maneira fluida e sempre visualmente impactante.
O uso do Unreal Engine 5 permite uma iluminação dinâmica e efeitos impressionantes, criando uma estética que se adapta ao tom de cada parte do jogo. Os detalhes nos personagens e ambientes reforçam a sensação de estar dentro de um universo vivo e em constante mudança.
As animações são expressivas, garantindo que cada personagem transmita emoções de forma natural. O jogo também equilibra momentos cômicos e sérios, e as animações contribuem para esse tom dinâmico.
A versão de Split Fiction para o PlayStation 5 traz uma experiência otimizada, com tempos de carregamento reduzidos e taxa de quadros estável, mesmo durante as sequências mais movimentadas. A divisão da tela no modo cooperativo é um desafio técnico, mas a Hazelight demonstrou excelência em otimizar esse tipo de experiência em seus títulos anteriores e consegue repetir o feito novamente.
O jogo também se beneficia dos recursos exclusivos do PS5, como a resposta tátil do DualSense e o áudio 3D, que aprimoram a imersão, tornando cada ação mais impactante.
A trilha sonora de Split Fiction acompanha a diversidade do jogo, alternando entre composições eletrônicas para os momentos de ficção científica e trilhas orquestradas para os cenários de fantasia. Cada ambiente tem uma identidade sonora distinta, reforçando a imersão.
Os efeitos sonoros são bem trabalhados, desde o impacto das armas futuristas de Mio até os feitiços lançados por Zoe. A mixagem de som é equilibrada, garantindo que os diálogos, efeitos e música se complementem sem sobrecarregar a experiência.
Um ponto negativo é a ausência de dublagem em português do Brasil. Apesar do jogo contar com legendas e menus localizados, a ação frenética pode dificultar a leitura dos diálogos, tornando a experiência menos acessível para jogadores que preferem a dublagem. Por conta disso, os diálogos em momentos frenéticos acabam se perdendo, pois é impossível se concentrar na jogatina e na tradução mental ao mesmo tempo.
Split Fiction amplia os conceitos introduzidos por It Takes Two, oferecendo uma experiência ainda mais variada e grandiosa. A mistura de narrativa envolvente, jogabilidade inovadora e direção artística estilizada faz dele um forte candidato a se tornar um dos grandes destaques do ano.
Apesar de sua jogabilidade obrigatória em dupla, a Hazelight facilitou ao máximo a acessibilidade, com recursos como o Passe de Amigo e suporte a crossplay. A falta de dublagem em português pode ser um obstáculo para alguns jogadores, mas não compromete a qualidade geral do título.
Com mecânicas inovadoras, uma história cativante e uma execução técnica impressionante, Split Fiction solidifica a Hazelight Studios como referência em jogos cooperativos. Quem busca uma experiência única e cheia de surpresas encontrará aqui um dos jogos mais criativos e divertidos dos últimos anos.
A trama de Split Fiction é envolvente e bem construída, com protagonistas carismáticas e temas maduros que exploram criatividade, autodescoberta e cooperação.
O estilo visual estilizado e vibrante funciona muito bem, com mundos distintos que refletem a personalidade das protagonistas.
A grande variedade de mecânicas mantém o jogo sempre surpreendente e divertido. Desde combates frenéticos até desafios baseados em transformação e plataforma, Split Fiction se destaca na criatividade do gameplay.
A música acompanha bem a transição entre ficção científica e fantasia, criando atmosferas distintas para cada cenário.
A interação entre personagens, o design dos mundos e a trilha sonora contribuem para uma imersão profunda. Entretanto, a necessidade de cooperação pode ser um desafio para quem não tem um parceiro de jogo dedicado. Além disso, a falta da dublagem é um limitador para acompanhar a história em alguns trechos.
Split Fiction é uma experiência cooperativa inovadora que combina narrativa cativante, jogabilidade diversificada e direção artística impressionante. A Hazelight Studios mais uma vez eleva o padrão dos jogos co-op, entregando um título memorável. A falta de dublagem em PT-BR e a obrigatoriedade do multiplayer podem ser barreiras para alguns jogadores, mas não tiram o brilho desta jornada única e criativa.
Split Fiction será lançado em 6 de março para PS5, Xbox Series e PC.
*O TudoCelular agradece a Electronic Arts por ter nos cedido uma cópia do jogo para esta análise.
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