O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB, na língua local) passou a recolher chaves criptográficas, conforme anunciado nesta terça-feira (02/08). Com isso, o serviço de inteligência pode decodificar dados e informações de diferentes empresas de tecnologia.

O presidente russo, Vladimir Putin, também deu ordens recentes para a que a agência FSB, que sucedeu a KGB, passe a produzir programas de criptografia.

Em julho, o país aprovou uma lei de vigilância digital que autoriza o Estado a ter acesso a informações armazenadas em alguns aplicativos, como WhatsApp, Viber e até o Telegram, desenvolvido naquele país e famoso por ser seguro no quesito segurança. O não cumprimento e disponibilidade de informações pelas companhias pode resultar em uma multa de 1 milhão de rublos, cerca de R$ 50 mil.

Críticos, porém, defendem que tal legislação não é clara sobre os limites de acesso às mensagens e que a lei favorece a espionagem do Estado.

Líderes russos andam incomodados atualmente com o Pokémon GO. Há alegações de que o game desenvolvido nos Estados Unidos favoreça a espionagem por meio dos usuários, que não se dão conta disso. Um senador russo quer proibir que os monstrinhos sejam encontrados em locais como igrejas, hospitais, presídios, cemitérios, monumentos históricos e prédios público. A Igreja Ortodoxa e o Conselho Presidencial sobre a Sociedade Civil e Direitos Humanos também pedem restrições.

Paralelo a isso, o game de realidade expandida Know. Moscow. Photo foi lançado. Com o programa desenvolvido às pressas, é possível caçar personalidades históricas pelas ruas da capital russa, como Ivan, o Terrível, Pedro, o Grande e o cosmonauta Yuri Gagarin.

Desde a última semana, há desconfiança de que hackers do governo russo ajudaram a hackear a rede do Partido Democrata, dos Estados Unidos.