Tech 13 Abr
Os Estados Unidos vão permitir, pela primeira vez, que pacientes sejam tratados com terapia genética. A Food and Drug Admnistration (FDA), órgão regulador de alimentação e medicações no país (algo como a Anvisa por aqui) autorizou um procedimento chamado 'Kymriah', que modifica células do próprio paciente no combate a um tipo de leucemia.
O tratamento consiste em pegar células-T, que fazem parte do sistema imunológico, e modificá-las geneticamente para combater células com leucemia que carregam o antígeno CD19. Esse procedimento foi aprovado em pacientes de até 25 anos com leucemia linfoblástica aguda, mais comum em pessoas até essa idade.
Inicialmente, apenas aqueles que não responderam ao tratamento inicial ou em quem a doença retornou. Estima-se que a ALL (sigla em inglês para a doença) ataque cerca de 3.100 pessoas de até 20 anos de idade todos os anos nos EUA. A FDA calcula que 15% a 20% do total dos pacientes devem ser beneficiados com o novo tratamento.
Os testes iniciais, realizados com 63 pacientes, tiveram taxa de sucesso de 83%. No entanto, há efeitos colaterais, que vão dos mais comuns, como febres e sintomas iguais aos de uma gripe, a problemas mais sérios, como problemas neurológicos que podem até colocar em risco a vida do paciente.
Além disso, a imunidade pode ser prejudicada durante o tratamento. Mas os benefícios parecem ser maiores que os perigos, acredita o diretor do centro de avaliação e pesquisa biológica da FDA, Peter Marks:
Não apenas dá a esses pacientes uma nova opção de tratamento onde havia apenas um número muito limitado de opções, mas lhes dá uma opção que tem mostrado taxas promissoras de remissão e sobrevivência.
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