
25 Maio 2018
Nos últimos anos vimos diversas novas aplicações tecnológicas relacionadas à Internet das Coisas. No caso de smartwatches, praticamente todas as grandes fabricantes de smartphones investiram para entrar no mercado. Apesar das vendas desse tipo de produto terem multiplicado desde então, a utilidade desses relógios continua em dúvida. Um dos principais motivos é: o que de útil podemos fazer com uma tela tão pequena?
Tentando solucionar essa limitação intrínseca, um grupo de pesquisas da Carnegie Mellon University criou o SkinTrack, uma tecnologia que funciona a partir de um anel que emite sinais se comunicando com uma pulseira conectada ao smartwatch. Em outras palavras, os pesquisadores conseguiram expandir a área de uso do relógio tornando a pele do braço do usuário em uma touchscreen.
Quando o usuário toca a pele, um sinal elétrico de alta frequência atravessa o braço e chega à pulseira, que graças aos seus quatro eletrodos consegue triangular a posição do dedo. O sistema é capaz de identificar tanto gestos contínuos quanto toques momentâneos, assim como qualquer tela touchscreen de smartphones, mas vai além. Quando o anel está sobre o braço, sem tocá-lo de fato, o sistema também consegue triangular a posição, como vemos abaixo.
Tudo isso permite uma infinidade de aplicações. No conceito apresentado pelos pesquisadores, vemos que pelos gestos, é possível inclusive criar um teclado numérico na própria pele e adaptar jogos como Angry Birds, que se tornam mais interessantes ao fugir da pequena tela do smartwatch.
As possibilidades dependem apenas da criatividade dos desenvolvedores. Uma ideia é criar uma série de atalhos no braço. Abrir o aplicativo de email sempre que o cotovelo for tocado, ou desenhar um G no braço para abrir a Galeria, por exemplo. Yang Zhang, um dos envolvidos no projeto, disse:
O mais interessante sobre o SkinTrack é que ele não é intrusivo; relógios e anéis são itens que as pessoas já usam todos os dias.
O projeto ainda está em fases iniciais e tem suas próprias limitações a superar. Um dos maiores, segundo o grupo, é a habilidade de manter o anel carregado. Outra dificuldade é que os sinais elétricos sofrem variações devido a fatores como suor e nível de hidratação da tela.
Os mais preocupados podem ficar tranquilos, pois não há qualquer evidência de efeitos colaterais pelo uso da tecnologia.
A tecnologia é segura. Não há evidências de que os sinais de frequência de rádio usados pelo SkinTrack tem qualquer efeito na saúde. Nossos corpos estão sempre sujeitos à outras coisas - desde pequenas correntes vindas das telas touchscreens que nossos dedos tocam até o ruído eletromagnético emanado de luzes fluorescentes - sem qualquer efeito negativo.
A não ser que outras grandes empresas já estejam trabalhando em algo similar (ou "comprem" a pesquisa, o que não parece improvável), ainda não há qualquer plano concreto para a comercialização do SkinTrack. Com esse tipo de tecnologia em conjuto com outras coisas interessantes que estão sendo desenvolvidas, é difícil prever o que teremos dentro de alguns anos.
Celular mais rápido! Ranking TudoCelular com gráficos de todos os testes de desempenho
Celular com a melhor bateria! Ranking TudoCelular com todos os testes de autonomia
Nada de Black Fraude! Ferramenta do TudoCelular desvenda ofertas falsas
Microsoft destaca novos recursos na build 26100.1876 do Windows 11 24H2
Comentários