Feiras e eventos 25 Set
A Microsoft tem realizado esforços para tornar seus sistemas de inteligência artificial mais inclusivos para pessoas com deficiência, com o objetivo de combater o que se chama de deserto de dados, que deixou algoritmos de aprendizado de máquina sem dados de treinamento relevantes o suficiente, para que sejam capazes de ajudar pessoas com condições como ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica)
Esses esforços foram anunciados hoje (13) e englobam projetos como o Object Recognition for Blind Image Training (ORBIT), que propõe criar um novo conjunto de dados públicos de vídeos enviados por pessoas com baixa visão ou cegas.
Os dados serão usados pela gigante de Redmond para desenvolver algoritmos para câmeras de smartphones, capazes de reconhecer objetos pessoais importantes dessa comunidade, como celular ou máscara facial. Além disso, a empresa está colaborando com a Team Gleason, organização que dá suporte a quem vive com a ELA, para a criação de um conjunto aberto de dados de imagens de rostos de pessoas com doença neurodegenerativa.
A ideia é usar esses dados para melhorar a visão computacional e o algoritmo de aprendizado de máquina no reconhecimento de sintomas de ELA e, por fim, há um terceiro projeto liderado pela empresa VizWiz, para a elaboração de um conjunto de dados público que visa treinar, validar e testar algoritmos de legendas de imagens, e fornecerão dados sobre objetos fotografado com frequência por pessoas com baixa visão, como quantidade de medicamentos, etc. Além disso, a equipe está trabalhando em algoritmos que reconhecem quando uma imagem não está legível e sugerem tirar uma nova foto.
Esse conjunto de ações trabalham em cima de dados que não são trabalhados por algoritmos comuns, que não são treinados naturalmente para serem inclusivos. E isso pode, numa aplicação mais dramática, fazer com que um carro automático não identifique uma cadeira de rodas como um objeto que ele deve desviar ou ainda reduzir a classificação de candidatos a empregos portadores de deficiência.
Dados mais inclusivos e disponíveis publicamente devem ajudar a reduzir a desigualdade e melhorar as tecnologias projetadas para ajudar pessoas com deficiência.
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