23 Outubro 2014
Há alguns anos, parecia que o reinado das canetas stylus para dispositivos móveis havia chegado ao fim com o encerramento do Windows Mobile e Palm. A Samsung, no entanto, conseguiu provar que esse acessório poderia sim voltar para esse mercado. E, de quebra, nos deu uma das canetas capacitivas mais inteligentes e precisas do mundo das telas de toque.
As canetas S Pen surgiram no primeiro Galaxy Note, feita em parceria com a Wacom, um grande nome do ramo. Infelizmente, a primeira versão do acessório ainda apresentava alguns engasgos e certa falta de fluidez. Quatro gerações depois, contudo, tornou-se uma stylus praticamente imbatível no mundo dos dispositivos móveis.
Grande parte do sucesso da linha Note reside em como a S Pen trabalha bem com o hardware do aparelho. Apesar de não ter bateria, o pequeno bastão plástico consegue até mesmo dar comandos para o phablet. Como, porém, esse mecanismo funciona?
Tudo começa com o próprio phablet. Na parte frontal do Galaxy Note 4, temos, pois, sensores eletromagnéticos que detectam quando a S Pen está apontando para a tela. Dessa forma, o usuário pode usar a ferramenta Air View, que permite acessar atalhos e prévias sem mesmo tocar o display. A interação magnética entre a frente do aparelho e a S-Pen é quem consegue fazer a mágica acontecer. Com esse tipo de interação, o Note consegue descobrir as coordenadas, o ângulo preciso que a caneta faz com o plano da tela e a pressão aplicada sobre o touchscreen.
Falando em pressão, a sensibilidade da nova S Pen dobrou. Antes, tínhamos 1.024 pontos de pressão. Agora, contamos com 2.048 pontos de pressão. Dessa forma, a caneta consegue ser ainda mais precisa acerca dos diferentes modos de interação na tela, trazendo-nos um traçado mais preciso possível. Com tanta sensibilidade assim, o usuário poderá aplicar uma película fina de proteção sem nem se preocupar de interferir na precisão da caneta.
Vimos, portanto, que o phablet da Samsung detecta exatamente o local onde a S Pen está localizada sobre a tela no momento, qual o ângulo e os pontos de pressão. Toda essa tecnologia pode não substituir em definitivo o feedback do papel e da caneta, contudo torna-se algo prático e funcional para profissionais e para quem deseja rabiscar algo com extrema precisão no Note 4.
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