30 Abril 2015
Dentro do mundo de smartphones que foram apresentados durante a MWC deste ano, que aconteceu na semana passada em Barcelona, algumas empresas entregaram dispositivos que não fizeram muito barulho e que não estão no seleto grupo de marcas que ganham holofotes. Uma destas é a francesa Alcatel OneTouch, que mostrou o Idol 3 e sua curiosa forma de atender o celular em qualquer uma das extremidades.
Assim como a Apple, o Idol 3 chega em dois tamanhos diferentes, mas com hardware que muda um pouco para cada lado. Há um de 4,7 polegadas e outro, maior, com 5,5 polegadas (mesmos tamanhos dos novos iPhones). Por dentro, há um processaodr Snapdragon 410 quad-core com velocidade de 1.2 GHz do lado do modelo menor, enquanto o maior entrega um Snapdragon 615 octa-core (quatro núcleos em 1.5 GHz e outros quatro em 1 GHz), 1 GB de memória RAM para o Idol 3 de 4,7 polegadas e 2 GB de RAM para o mais parrudo. A tela é um display IPS com resolução Full HD (1080p) do lado do Idol 3 maior e apenas HD (720p) para o celular menor. Ambos trabalham com processadores de 64 bits e com o Android 5.0 bastante customizado - o que é ruim, para a experiência de uso.
O hardware pode ser considerado satisfatório, quando olhamos apenas os números. Nos poucos minutos que pude ficar com o celular em mãos, em ambos os casos as transições e animações gerais não foram fluidas em momento algum - mesmo com nenhum aplicativo aberto ao mesmo tempo. Este tipo de problema é comum em fabricantes que gostam de alterar profundamente o Android, o que acontece por aqui.
Uma sacada genial e que, finalmente, faz diferença deste modelo para seus concorrentes, é que você pode atender o telefone em qualquer posição. Não que ele receberá chamadas enquanto estiver de lado, mas não há "lado de cima", sendo que qualquer um deles atende o telefone sem problemas. A mágica acontece com o acelerômetro, que entende de qual lado está o celular e transfere o microfone para o local onde fica a boca e o alto-falante para onde deve ficar - ele tem dois microfones e dois falantes, que permitem essa troca. A interface também gira e faz com que tudo mude de cima para baixo, permitindo o uso do celular sem que você note que está de cabeça para baixo. A única parte que mantém no mesmo local é a câmera frontal, que entrega 8 megapixels para o modelo maior e 5 megapixels para a versão com 4,7 polegadas de tela.
Olhando de fora, o aparelho é bonito, mas falta algo extra para tirar seu visual do mar de smartphones com aparência semelhante. O preço é um dos chamarizes, junto da possibilidade de atender o telefone em qualquer orientação. O custo dos aparelhos começa em US$ 200 para o modelo de 4,7 polegadas e US$ 250 para o mais musculoso e mais alto. São, sem contar impostos, R$ 620 e R$ 775, respectivamente.
Os dois trabalham com dois chips e devem ser lançados ainda no segundo trimestre deste ano. No Brasil, segundo a própria assessoria de imprensa da Alcatel, o lançamento está previsto para algum momento do segundo semestre deste ano - tem chão ainda.
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