16 Julho 2015
Sempre que compramos um celular novo contamos com uma gama de acessórios que o acompanham em sua embalagem, incluindo o carregador em cargo de completar a carga elétrica da bateria. Entretanto, o presidente da Xiaomi defende que isso não deveria ocorrer, considerando o excesso de smartphones comercializados mensalmente em todo o mundo. Lei Jun discutiu esse tema em seu perfil oficial no Weibo, uma das maiores redes sociais da Ásia, e explica aos consumidores os motivos que o levaram a pensar que remover o apetrecho das caixas seria, na verdade, um benefício mútuo.
Nas palavras de Lei Jun, a natureza está sofrendo com a massiva quantidade de carregadores que os clientes levam para casa toda vez que adquirem uma unidade de um modelo novo. O executivo mais importante da empresa oriental completa dizendo que, caso os produtos da Xiaomi comecem a ser enviados sem o acessório, os interessados apenas usariam seus antigos ou, se for o caso, comprariam outro. É válido ressaltar que a marca asiática, no presente momento, vende cada carregador por US$ 1,70, ou R$ 5,30 na cotação atual, um valor bem inferior para um acompanhamento original.
Em contrapartida, um dos fatores que o CEO da gigante chinesa deixou de mencionar foi a existência de carregadores especiais para certos dispositivos. Um bom exemplo são os compatíveis com a tecnologia Quick Charge, destinada aos gadgets que usam o chipset elaborado pela Qualcomm, da linha Snapdragon, capazes de completar a carga elétrica da bateria em um tempo bem reduzido se comparado aos rivais no mercado de telefonia móvel. Os apetrechos que recebem esse suporte, naturalmente, são vendidos por um preço acima do comentado anteriormente.
Então, talvez os comentários de Lei Jun sejam destinados aos celulares mais baratos que possuem carregadores 'normais', e não as versões mais poderosas de cada família de aparelhos. Nota-se que houve certa polêmica nas palavras do CEO da Xiaomi, com a presença de argumentos negativos como usar a natureza como máscara para lucrar com cada venda de smartphone, levando em consideração um acessórios a menos na embalagem. Após tal abordagem quase agressiva, há poucas chances da iniciativa do presidente em proteção ao meio ambiente não ser colocada em prática.
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