O Facebook resolveu alterar algumas de suas políticas de sua seção Trending Topics. E, pela primeira vez, a rede social admitiu que pode ter havido erros na seleção de assuntos. No entanto, negou ter havido qualquer direcionamento explícito ou supressão de notícias relacionadas a políticos conservadores, transferindo o erro para os editores.

O caso começou há algumas semanas, quando o Gizmodo noticiou que havia viés político na escolha dos assuntos de tendência, que mostravam os assuntos mais comentados na rede social no canto superior direito da versão web do site para os moradores dos Estados Unidos - e funcionava diferentemente e separadamente do news feed, utilizado pela maioria dos usuários. Segundo um ex-editor, dependendo de quem estivesse trabalhando, poderia haver supressão de tópicos ligados aos políticos conservadores do país. O Guardian publicou um documento que comprovava como a palavra final era de editores humanos.

De acordo com a rede social, assuntos liberais e conservadores eram aprovados como tópicos de tendência em uma taxa bastante parecida, o que significaria não haver viés na escolha dos assuntos. "Nossa investigação não pode excluir completamente a possibilidade de ações inapropriadas isoladas ou de viés não intencional na implementação de nossas orientações ou políticas", escreveu o conselheiro geral do Facebook, Colin Stretch, no blog da companhia.

Diversos políticos conservadores se manifestaram pedindo maior transparência da rede social sobre o caso e sobre as políticas e orientações acerca dos tópicos de tendência do Facebook. Pela primeira vez, o site publicou um texto detalhando como são realizadas as escolhas e aprovações dos assuntos, prática incomum na empresa de Mark Zuckerberg.

A rede social também garantiu que realizou diversas mudanças, incluindo a eliminação de uma lista de sites pré-aprovados, melhor treinamento dos editores e orientações mais claras, de modo a tentar evitar viés político ou ideológico.