01 Julho 2016
O brasileiro não está muito acostumado a pagar por serviços que pode encontrar gratuitamente. Seja de formar alternativas, seja fazendo uso da pirataria. Uma pequisa recente mostrou que a pirataria de softwares no país está diminuindo. Mas e os aplicativos em nossos smartphones? Não temos dados sobre o uso ilegal, mas a quantidade de usuários que pagam para baixar apps é muito baixa.
A pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box detectou que apenas 17,6% dos brasileiros afirma já ter pago por um aplicativo em seu dispostivo móvel. Destes, muitos sequer se lembram o nome do programa baixado: 6,2% disseram não saber qual foi o último app pelo qual pagaram, enquanto outros 6,2% responderam de forma genérica, dizendo ter sido "um jogo".
Os usuários de iOS são os mais propensos a pagar pelos apps: 35,2% afirmaram já ter desembolsado algum dinheiro para fazer uma instalação em seus smartphones ou tablets. Já o usuário do Android é mais avesso a pagar, sendo que apenas 16,4% admitiram ter pago por algum app. A diferença talvez tenha ligação com o fato de APKs alternativos no sistema do robozinhos serem fáceis de encontrar na internet, enquanto o sistema da Apple é mais fechado e dificulta mais a pirataria.
Já em relação às compras dentro de aplicativos, o número de usuários que desembolsam algum dinheiro é maior: 44,1% afirmaram já ter realizado a compra de algum bem virtual dentro de um app.
Alta fragmentação
O estudo também não conseguiu identificar nenhuma categoria ou título que tivesse maior adesão dos usuários que aceitam pagar pelo download. O app que foi citado por mais entrevistados (entre 345 internautas que declararam já ter comprado um aplicativo) foi o Facetune, que faz edição de fotos de rosto e custa R$ 9,99 na Google Play, foi mencionado por 2,4% dos usuários. O Spotify, que é gratuito, mas possui planos mensais pagos, foi citado por 2,1% e ficou em segundo na lista. O terceiro lugar foi um empate entre oito aplicativos. veja a tabela completa abaixo:
A pesquisa entrevistou, ao longo do mês de abril, 1.958 brasileiros que acessam a internet e possuem smartphone, respeitando as proporções de gênero, idade, faixa de renda e distribuição geográfica desse grupo. A margem de erro é de 2.2 pontos percentuais. O grau de confiança é de 95%.
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