Tech 19 Dez
Há algumas semanas, a imprensa americana apontou que resultados do Google estão dando destaque para sites de conteúdo extremistas, que negam o Holocausto, defendem teorias racistas e outras questões polêmicas.
Inicialmente, a gigante das buscas se recusou a fazer qualquer alteração no algoritmo, alegando que “não removemos conteúdo dos resultados das buscas, exceto em casos muito limitados como conteúdo ilegal, malware ou violações de nossas diretrizes para webmasters”.
Mas a companhia acabou mudando de ideia. Inicialmente, implantou uma pequena mudança no algoritmo, mas o resultado não foi satisfatório. O artigo “10 razões porque o Holocausto não aconteceu”, do site Stormfront, continuava à frente de todos os outros, bem à frente, por exemplo, do artigo da Wikipedia “Negação do Holocausto”.
Agora, a imprensa alega que algo mais mudou dentro do Google, pois muitos finamente deixaram de ver o artigo do Stormfront na primeira página de resultados. Os testes são feitos após dar logout no próprio Google, e utilizando o modo incógnito do navegador.
Infelizmente, não é o caso dos testes realizados pela reportagem do TudoCelular. Ao buscar “did the holocaust happen” nas mesmas condições por aqui, seja no google.com ou no google.com.br, o artigo da Stormfront segue como um dos primeiros da lista – quando não é o primeiro.
Compare abaixo as capturas de tela do Search Engine Land, parecida com os obtidos pelo Digital Trends e pelo Gizmodo, e a nossa:
Talvez a gigante das buscas esteja trabalhando na questão apenas nos Estados Unidos, onde a questão é muito mais sensível do que no Brasil, por exemplo. Porém, é fato que, por aqui, o problema das notícias ou artigos com conteúdo falso também é bastante grave, e leva muitos usuários ao engano todos os dias.
Google e Facebook se declararam em guerra contra esse tipo de conteúdo falso, mas até agora não se viu muito resultado. A rede social já fez muita propaganda, dizendo o que pretende fazer para reduzir o problema, mas ação concreta nenhuma foi tomada ainda.
Neste fim de semana natalino, uma notícia falsa de que Israel teria ameaçado destruir o Paquistão caso este enviasse tropas à Síria quase deu início a uma guerra nuclear, noticiou a imprensa internacional. Segundo as reportagens, o ministro de defesa paquistanês teria acreditado em um artigo do site AWDNews.
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