09 Maio 2017
Se você é usuários gratuito do Spotify, pode se preparar para queda de qualidade no serviço. É o que diz o Financial Times nesta quinta-feira (16), apontando a intenção do serviço de streaming de restringir mais as funcionalidades da versão suportada por anúncios. Segundo o jornal, novos álbuns poderão ser restritos a usuários pagantes.
A mudança seria fruto de um novo acordo costurado com grandes estúdios musicais. Sony, Universal e Warner, donas dos direitos da maioria dos artistas do mundo, teriam concordado reduzir o valor dos royalties pagos pelo Spotify. Em contrapartida, a plataforma teria prometido limitar mais os recursos oferecidos a quem não paga nada.
A manobra, diz o Financial Times, seria importante para alavancar o preço de venda das ações do Spotify em uma IPO (oferta inicial pública de ações) planejada. Os três estúdios já têm participação no Spotify, e por isso teriam interesse em um valor de mercado alto na bolsa. Por outro lado, o trio teria preocupação com o rendimento baixo de usuários gratuitos - que vem todo de propaganda.
Embora a versão gratuita seja popular, o plano mensal do Spotify vem crescendo muito no Brasil. Em 2016, a Mastercard diz que o volume de pagamentos ao serviço de streaming cresceu nada menos que 450%. O país parece ter tido papel importante no aumento de clientes da plataforma. Só ano passado, a quantidade de assinantes ativos foi de 30 milhões para 50 milhões. no mundo.
Se depender de quem gosta de ouvir as músicas mais recentes, mesmo sem baixar, parece que a tendência se manterá mesmo depois do IPO.
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