07 Abril 2017
Ultimamente, o Uber tem sido alvo de relatórios e ações que, no mínimo, causam dores de cabeça para a empresa. A Alphabet já acusou o Uber de plágio, os motoristas no Oriente Médio já foram proibidos de pegar passageiros em aeroporto, e já teve até mesmo acusações de que a empresa usa ferramentas secretas para enganar a fiscalização dos governos.
As polêmicas são muitas. Até de lavagem cerebral em seus motoristas a empresa já foi acusada, e houve uma série de escândalos envolvendo sexismo e racismo, o que deixou o nome do Uber em maus pneus.
Tentando aliviar as coisas para o seu lado, ao menos no que diz respeito à falta de diversidade e gênero, a empresa divulgou um relatório, mas isso parece atrapalhar mais do que ajudar. De acordo com os documentos, os funcionários da empresa são majoritariamente homens e brancos.
Mulheres correspondem a 36% do corpo de funcionários da Uber. Embora isso pareça minimamente otimista, o número cai para apenas 15,4% no setor de tecnologia da companhia; Já nos cargos de chefia, são 22% mulheres, e só 11,3% chefiando algum setor de tecnologia.
Quanto à diversidade racial e étnica, os números começam a ficar realmente alarmantes. Há apenas 2,4% de funcionários mestiços, enquanto hispânicos representam 2,1% e negros são apenas 1% em área de tecnologia. Outras etnias estão ainda abaixo de 1%. Não há um único negro, hispânico ou mestiço em cargos de chefia, que são dominados por por brancos (75%) e asiáticos (25%). Esses números só ficam maiores nos cargos de suporte ao cliente.
Bastante curioso: a diversidade diminuiu para todas as etnias e raças desde o último ano, exceto para asiáticos.
Embora tenha se esforçado para mudar o quadro de diversidade de gênero, dobrando o número de contratação de mulheres, 46% delas eram brancas, 28,2% asiáticas, 12,3% negras, 7,8% hispânicas e 5,1% mestiças.
Essa série de problemas que o Uber vem enfrentando já foi até mesmo motivo para o Spotify cogitar cancelar a parceria entre as duas empresas. Não só a plataforma de streaming, mas outros parceiros do Uber também já pensam se querem ter seus nomes envolvidos nessas polêmicas. Mas ainda é cedo para saber se isso vai acontecer ou se a empresa de caronas vai conseguir dar a volta por cima e recuperar a confiança em sua marca.
Comentários