O mercado de smartphones não é nada fácil. As fabricantes precisam buscar inovação sempre, seja em design, seja em hardware ou recursos. Claro que há espaço para nichos, mas mesmo nesses casos uma empresa precisa oferecer algo além de uma pequena diferença em relação às concorrentes.

A Vertu era uma fabricante britânica que oferecia smartphones luxuosos a preços exorbitantes. Basicamente, ela colocava pedras e metais preciosos em aparelhos pouco atraentes com hardware que se encontra em dispositivos que custam cerca de 20 vezes menos.

Notou os verbos no passado? Pois é, a companhia fechou as portas oficialmente, depois de um tempo sem pagar empregados e fornecedores. Não é à toa: os produtos da empresa tinham preços que partiam dos US$ 9 mil, e podiam chegar a exorbitantes US$ 50 mil. Claro, cheios de pedras preciosas, ouro e prata na carcaça. Mas não justifica.

Como dito no início da matéria, mesmo os mercados de nicho, como o de luxo, enfrenta pesada concorrência no setor de smartphones. As pessoas não querem apenas o luxo externo, com material caro na fabricação, mas também um design atraente e hardware poderoso. Faltavam essas duas últimas para a Vertu.

A companhia deixa o mercado com débitos na casa das 129 milhões de libras, o que é próximo dos R$ 540 milhões. Não há informações sobre os números de smartphones vendidos pela companhia, mas certamente não são nada bons.

Para quem gosta de smartphones de luxo e tem (muito) dinheiro sobrando, ainda restam opções no mercado. Volta e meia noticiamos as edições especiais e luxosas de aparelhos mais populares, como o Galaxy S8 ou algum modelo do iPhone. Nesses casos, as empresas usam o mesmo design e hardware, mas colocam em uma carcaça preciosa.

A nós, resta dizer adeus à Vertu e torcer para que os ex-funcionários consigam novos empregos em pouco tempo.