Uma coisa está mais que clara sobre o comando da Apple: Tim Cook não é Steve Jobs. E não estamos falando isso superficialmente, e sim com um olhar mais crítico sobre a liderança da empresa. Sob o comando de Jobs, a Apple se mantinha calada em praticamente todos os aspectos, no entanto, sob o comando de Cook, a Apple tornou-se mais aberta e, talvez, mais "amigável" com os jornalistas que buscam informações mais internas da empresa, como o tempo que a empresa leva para construir alguns dispositivos.

Em entrevista ao jornalista Charlie Rose, Tim Cook tagarelou um pouquinho e acabou falando quanto tempo eles levaram para desenvolver o Apple Watch. "Nós tivemos uma intensa equipe trabalhando nisso por três anos", disse Cook. Coincidentemente, Steve Jobs morreu há exatamente três anos, mesma época em que a equipe da Apple pode ter iniciado os seus trabalhos com o relógio inteligente.

De fato, a Apple não costuma falar sobre o processo de desenvolvimento dos seus produtos - coisa que tem sido cada vez mais comum de alguns meses pra cá. Ela mantém tudo bem tranquilo, porque não quer que a concorrência saiba como funciona o seu ciclo de desenvolvimento.

Mas e qual foi o real motivo que Cook cedeu informações sobre o Apple Watch? Porque, sutilmente, ele quer levantar a questão que a Apple mudou um pouco a sua postura desde Steve Jobs - mais uma vez, Cook não é Jobs.

No memorando que Tim Cook enviou para os funcionários da empresa, ela cita o seguinte trecho: "Muitas das ideias e projetos que estamos atualmente trabalhando começaram depois de sua morte, mas a sua influência sobre eles - e sobre todos nós - é inconfundível." Isso mostra o quão influente Jobs ainda permanece na empresa, e embora as mudanças sejam iminentes, ainda conseguimos perceber que os novos produtos da Apple também contam com pequenas partículas de Steve. É inegável!